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CSN vai manter estratégia de internacionalização

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Por Agencia Estado
Atualização:

A estratégia de internacionalização da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) continua, mesmo com o fim das negociações de fusão com a anglo-holandesa Corus. A afirmação é do diretor de relações com o mercado da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Antonio Ulrich. O executivo não descartou, porém, a possibilidade da Corus vir a comprar minério de ferro da Mina Casa de Pedra, da CSN, que era um dos principais objetos da negociação da fusão. O executivo explicou que a CSN não utiliza toda a capacidade de produção da mina. Apesar de admitir que a CSN continuará com sua estratégia de internacionalização por meio de parcerias, Ulrich afirmou que ainda é prematuro falar quais os potenciais parceiros da CSN. O executivo preferiu comentar as vantagens competitivas da siderúrgica e disse estar tranqüilo e confiante em relação ao futuro da companhia. O executivo não descartou ainda a possibilidade de parcerias no âmbito nacional. Ulrich ressalta que no período de negociações para a fusão com a Corus, a empresa manteve-se focada na geração de resultados, na melhoria de eficiência e na geração de caixa. "Estamos confiantes que bons resultados foram atingidos e estamos confiantes em relação ao futuro", afirmou. O executivo ressaltou ainda que alguns ativos da CSN certamente servirão como pilar para o fechamento de novas parcerias. "Temos uma planta moderna e muito competitiva, além de logística e margens altíssimas de geração de caixa", disse. O executivo destacou ainda que a CSN tem uma das melhores margens Ebitda da siderurgia mundial, o que lhe dá uma capacidade competitiva muito grande. Ulrich citou ainda a possibilidade de ampliação do parque produtivo da CSN, mas admitiu que qualquer decisão nesse sentido depende do comportamento do mercado mundial. Fim da fusão O diretor admitiu que a decisão de pôr um fim às negociações de fusão com Corus não foi conjunta. Segundo ele, a decisão retrata convergência de avaliações das duas empresas sobre o processo. Ulrich explicou que um memorando de entendimento entre as empresas foi assinado em julho e desde então foi feita uma série de estudos e análises, para aprofundar o plano de negócios e avaliar a evolução de resultados e da conjuntura. "Após 120 dias, a avaliação é de que as coisas não ocorreram como tínhamos avaliado, o que nos levou, ambas as empresas, a reavaliar posições, levando ao fim da fusão", explica. O executivo ressalta que a Corus, diante das incertezas do mercado financeiro e das preocupações com seus resultados, decidiu que não era produtivo continuar a negociação.

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