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Cteep espera indenização para disputar novos empreendimentos de transmissão

A Cteep, transmissora de energia do grupo colombiano ISA, informou nesta sexta-feira que mantém o posicionamento de não participar de leilões de transmissão até ter claro qual o valor de indenização adicional a receber por ativos antigos que tiveram a concessão renovada antecipadamente. "Não é que não queremos participar, não temos condição financeira de participar, depende de conhecer a indenização", disse o presidente da companhia, Reynaldo Passanezi, em teleconferência sobre resultados trimestrais da empresa. Ele acrescentou que esse é o mesmo posicionamento no que diz respeito a investimentos em aquisições. O diretor financeiro da empresa, Rinaldo Pecchio Jr., acrescentou que a companhia não tem planejamento para pagar imediatamente dividendos relacionados ao resultado do primeiro trimestre. "A programação nossa é feita com base anual, temos um evento muito importante que é o recebimento da indenização da parcela restante e então isso faz com que a gente precise esperar...", disse Pecchio. Os executivos da Cteep reforçaram que devem entregar até o fim de junho o laudo com previsão de valores a receber por investimentos não amortizados em ativos antigos renovados, conforme já tinham informado em fevereiro. O documento se refere à indenização por investimentos não amortizados em ativos existentes até maio de 2000 e deve ser entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A partir da data de recebimento, a agência tem um prazo de 150 dias para dar uma resposta às empresas sobre aprovação ou não dos laudos. "Acreditamos que até o fim do ano o valor possa ser definido pelo regulador", disse o diretor de Empreendimentos da Cteep, Luiz Roberto Azevedo. A Cteep já garantiu o recebimento de indenização pelos ativos de transmissão renovados e existentes a partir de maio de 2000, de cerca de 2,8 bilhões de reais. A empresa divulgou na quinta-feira que teve um aumento de 20,4 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre, para 85,5 milhões de reais, apresentando redução de custos e despesas operacionais. O diretor financeiro da Cteep disse que a otimização de custos reflete a adaptação da empresa ao novo ambiente após a renovação das concessões. Segundo ele, é difícil afirmar que a empresa ainda terá muitas oportunidades para reduções adicionais de despesas. O presidente da companhia disse que o objetivo é sempre preservar os resultados alcançados. No primeiro trimestre, a Cteep reduziu custos e despesas operacionais em 24,1 por cento, para 137,4 milhões de reais, na comparação com mesmo período do ano passado.

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Por Redação
Atualização:

(Por Anna Flávia Rochas)

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