CTNBio aprova liberação de milho transgênico da Monsanto

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira a liberação comercial do milho transgênico resistente a insetos da Monsanto, informou o órgão do governo. Foi a segunda aprovação comercial de uma variedade de milho transgênica. Na reunião de maio, a CTNBio havia aprovado a liberação comercial do cereal resistente ao herbicida glufosinato de amônio, uma tecnologia da Bayer . A liberação foi realizada logo após a aprovação pela comissão do Plano de Monitoramento Pós-Comercialização e da Proposta de Coexistência para milho transgênico, também nesta quinta-feira. A aprovação desses planos foi uma exigência do Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), que condicionou a liberação comercial de uma nova variedade a um projeto de monitoramento e coexistência. O CNBS é um órgão formado por 11 ministros de Estado que analisa as questões de biossegurança do ponto de vista sócio-político. Aprovado esse plano de monitoramento pela CTNBio, os dois processos (do milho MON 810, da Monsanto, e o Liberty Link, da Bayer) serão encaminhados para o CNBS, que terá um prazo de 60 dias para confirmar as liberações do milho. "Tal variedade de milho aguardava avaliação há oito anos e, apesar de as análises terem sido concluídas pelos membros da CTNBio, somente hoje recebeu o parecer favorável definitivo. Com a aprovação, a Comissão dá aval de segurança alimentar humana, animal e para o meio ambiente", informou o Conselho de Informações sobre Biotecnologia, uma entidade defensora dos transgênicos. Atualmente, já estão liberadas para o plantio comercial no Brasil variedades transgênicas de soja e de algodão, ambas com tecnologia da Monsanto. Outras variedades transgênicas de milho, algodão e soja aguardam aprovação comercial. Os produtos transgênicos são vistos por boa parte do setor agrícola como fatores de elevação da produtividade e de redução de custos. (Por Roberto Samora)