PUBLICIDADE

Publicidade

Cuidado com a gasolina adulterada

A Agência Nacional de Petróleo faz um alerta sobre preços baratos demais cobrados em alguns postos: o órgão constatou altos índices de adulteração de gasolina em alguns Estados brasileiros. O crime prejudica a arrecadação da Receita Federal e, principalmente, os consumidores.

Por Agencia Estado
Atualização:

O consumidor deve desconfiar de preços da gasolina abaixo de R$ 1,33. O alerta foi feito ontem pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Luiz Augusto Horta. Em sua avaliação, quando o preço for muito abaixo desse valor, pode ser que o posto esteja fraudando a Receita ou lesando o consumidor. Isso não significa, no entanto, que todos os postos que estejam cobrando abaixo desse valor vendam combustível adulterado ou por meio de irregularidades fiscais. O ideal, recomendou Horta, é que o consumidor acostume-se a abastecer sempre no mesmo posto. Em balanço divulgado ontem, a ANP anunciou que já fiscalizou esse ano 9.527 postos de um total de 26 mil estabelecimentos existentes no País. Foram interditados 448. O monitoramento de qualidade nos combustíveis constatou uma adulteração média de 10,4% das amostras de gasolina colhidas pela agência entre janeiro e julho deste ano. No álcool, a adulteração no período ficou em 7,6% das amostras, e no óleo diesel chegou a 9,8%. Mistura De acordo com o superintendente de qualidade de produtos da ANP, Antônio Bonomi, nem todas as adulterações podem ser captadas pela fiscalização. A adulteração mais comum é a mistura de maior quantidade do que a permitida de álcool na gasolina, mas há também casos de "batizar" gasolina com outros solventes. Horta explicou que não é fácil identificar se a adulteração acontece nas distribuidoras ou nos postos de gasolina. Uma das idéias que está sendo estudada pela ANP é a de que os caminhões transportadores de combustíveis guardam pequenas amostras especificamente para monitorações dos fiscais da agência. Na gasolina, o maior índice de adulteração, em julho, foi constatado no Rio Grande do Norte, de 14,3%. Em Santa Catarina e Pernambuco, não foram encontradas amostras adulteradas. Em São Paulo, o índice de adulteração ficou em julho em 6,3%; do álcool, em 1,3%; e do óleo diesel, em 8,6%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.