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Cuidado com cartão em viagem internacional

Especialistas recomendam o cartão somente para a compra da passagem, pois a taxa de conversão das despesas e saques no exterior é imprevisível. A conversão para reais ocorre no vencimento da fatura, e não no ato da despesa, e pode surpreender o consumidor.

Por Agencia Estado
Atualização:

Muitos brasileiros não entendem bem o sistema de cobrança das despesas e saques no exterior com o cartão de crédito internacional e levam um susto na hora de pagar a fatura. Pela defasagem entre a despesa e a conversão, a conta pode sair muito mais cara do que o esperado, e as recentes oscilações do câmbio no Brasil aumentam a insegurança. O que muitos clientes não sabem é que a conversão do valor pago em moeda estrangeira só é feito no dia de vencimento da fatura, ou seja, com uma defasagem grande em relação ao dia da compra. Às vezes, a despesa internacional demora mais tempo para ser computada, e pode aparecer para quitação até dois meses depois. Com as oscilações que o câmbio vem apresentado, esse é um risco grande para o viajante. Na verdade, as administradoras têm de fechar a fatura em tempo para enviá-la pelo correio ao cliente. Assim, o que se paga inicialmente é um cálculo provisório, com base no câmbio de cerca de dez dias antes do fechamento. Na fatura seguinte, a empresa faz o ajuste da diferença para o dia do vencimento. Se o dólar sobe nesses dez dias que antecedem o vencimento da fatura, o cliente paga proporcionalmente mais, e se cai, recebe a diferença de volta, sempre na conta seguinte. As administradoras de cartão de crédito definem as suas próprias taxas de câmbio, que geralmente estão muito próximas ao comercial. Se as compras forem feitas em dólares norte-americanos, a conversão é direta para reais. Mas, se o cliente fizer despesas em qualquer outra moeda estrangeira, o valor será primeiro convertido em dólares, e depois em reais. Vale lembrar que as despesas internacionais não podem ser parceladas e também não são incluídas no pagamento mínimo. Elas devem ser quitadas à vista no dia do vencimento sob pena de pagamento dos juros por atraso, que estão entre os mais elevados do mercado, chegando a 12,94% ao mês. Quando vale a pena usar o cartão Especialistas recomendam não usar o cartão de crédito no exterior, pela imprevisibilidade da taxa de câmbio no momento da conversão. O ideal, segundo eles, é ir comprando traveller checks ao longo de vários meses, ou seja, já poupar em moeda estrangeira. Assim, os recursos da viagem ficam garantidos, e os travellers têm seguro contra perda e roubo, podendo ser revendidos livremente em caso de desistência. O uso do cartão é mais recomendado para a compra da passagem aérea, pois muitas administradoras oferecem vantagens e promoções, como pontos em programas de milhagem e algum tipo de seguro para turistas no exterior. Outra possibilidade é financiar a passagem aérea, sempre com atenção à taxa de juros, pois as parcelas são fixas em reais, definidas no momento da compra. Se o limite do cliente não for suficiente para cobrir a despesa, as empresas muitas vezes aceitam ampliá-lo ao menos durante o período de duração da viagem. De qualquer forma, sempre é aconselhável levar o cartão internacional na viagem para uma emergência. No caso de perda ou roubo, a administradora deve ser avisada imediatamente. Nesses casos, as empresas normalmente bloqueiam o cartão e entregam um temporário ao cliente. Veja no link abaixo mais informações sobre como planejar uma viagem internacional.

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