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Cuidados e riscos para investir em flat

Para quem pretende investir em imóveis, flat é uma das opções. Analistas apontam uma rentabilidade mensal entre 1% e 1,5%. Porém, custos e sazonalidade reduzem ganho para patamar de 0,8% ao mês - rendimento próximo ao da poupança.

Por Agencia Estado
Atualização:

Flat do segmento de hotelaria é uma das opções disponíveis no mercado para investimento em imóveis. Mas, antes de entrar nesse segmento, o investidor deve estar atento a algumas condições que podem afetar a rentabilidade da aplicação, como a forma de compra - à vista ou financiada -, localização, sazonalidade e custos com a administração do imóvel. Em relação à forma de compra, o processo de aquisição de um flat pode ser feito pelo valor à vista ou financiado. A compra é feita diretamente com a construtora, ou ainda, por intermédio de bancos. Dependendo do tipo de empreendimento, em geral, o valor financeiro unitário do imóvel já decorado varia entre R$ 60.000,00 e R$ 140.000,00. Assim, é necessário ter consciência de que em caso de financiamento pelo menos parte do rendimento será comprometido durante algum tempo. O prazo costuma oscilar entre 60 e 120 meses. Observe a localização do flat Na hora de fechar um negócio observe em que região está o empreendimento. O filão das incorporadoras são as localidades próximas aos centros de convenções, escritórios ou de compras. "O imóvel precisa estar em local de grande circulação de pessoas, seja a trabalho ou para participar de seminários e eventos", exemplifica o diretor de Planejamento e Marketing da Abyara Planejamento Imobiliário, Rogério Santos. De acordo com o executivo da Abyara, no Estado as melhores opções de regiões estão no centro de São Paulo, que vai passar por um processo de reurbarnização; Guarulhos (na Grande São Paulo), por causa do Aeroporto de Cumbica; e Campinas (interior de São Paulo), em função da chegada de empresas multinacionais na cidade. Riscos e desvantagens do investimento Especialistas do setor apontam uma rentabilidade mensal entre 1% e 1,5%. Mas a manutenção desse rendimento durante todo o ano é incerta, em função da sazonalidade. Isso quer dizer que as melhores épocas para ganhos estão relacionadas aos períodos de alta temporada, quando o fluxo de turistas é maior. "Para se considerar uma taxa aquecida, é necessário que a ocupação esteja sempre acima de 60%", diz o consultor da Adviser Consultores, Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro. A concorrência acirrada e o elevado valor gasto com a manutenção do empreendimento também são riscos da aplicação e podem comprometer o ganho final com o investimento. "O custo de administração é alto, pois o proprietário tem de arcar com gastos que vão da mão-de-obra até os serviços de segurança e limpeza", afirma o sócio da consultoria PJP Gestão e Patrimônio, Paulo Possas. "Quando se desconta tudo isso, o rendimento do investidor vai para algo próximo a 0,8% ao mês, um ganho próximo da poupança", argumenta Possas. Outra preocupação dos investidores é o excesso de lançamentos. Já existem regiões em que é preciso que não ocorram novos lançamentos por pelo menos dois anos, para que se possa criar uma nova demanda, como os bairros do Itaim Bibi, Moema e regiões da Faria Lima.

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