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Custo da dívida pública federal em 12 meses cai em junho

Por CÉLIA FROUFE E EDUARDO CUCOLO
Atualização:

O Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira que o custo médio acumulado em 12 meses da Dívida Pública Federal (DPF) recuou de 12,85% ao ano em maio, para 12,81% ao ano em junho. No mesmo período de comparação, o custo médio acumulado em 12 meses da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) caiu de 12,05% ao ano, para 11,95% ao ano. Segundo o Tesouro, esse recuo reflete a menor variação do IPCA e da taxa Selic no período. O Tesouro informou ainda que o prazo médio da DPF recuou de 3,81 anos em maio para 3,78 anos em junho. O relatório da dívida mostra também que os vencimentos da DPF para os próximos 12 meses passaram de 27,45% do estoque em maio, para 28,01 do estoque em junho. De acordo com o relatório, a parcela de títulos prefixados na composição da DPF subiu de 38,13% em maio para 39,45% em junho. Esse porcentual do mês passado está dentro do intervalo estabelecido pelo Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2012, de 37% a 41%. No caso dos papéis indexados a preços, houve um aumento da participação de 31,62% em maio para 32,82% no mês passado, dentro, portanto, do intervalo estimulado pelo PAF para este ano, de 30% a 34%. Com as trocas de papéis indexados à taxa básica de juros (Selic) no FGTS, a participação desses títulos no total da dívida recuou de 25,77% em maio para 23,37% em junho. Com esse novo patamar, o resultado de junho se aproxima mais da banda inferior para o papel no PAF, de 22% - o teto é de 26%. Em relação ao câmbio, houve uma ligeira queda da participação de maio para junho, passando de 4,47% para 4,37%, também dentro das bandas de 3% a 5% estipuladas pelo PAF este ano. No caso da Dívida Pública Federal interna, foi verificado o mesmo comportamento dos papéis na DPF: elevação da participação de títulos prefixados e corrigidos por preços, redução dos papéis atrelados à Selic e estabilidade no caso de câmbio. Entre os títulos prefixados, o avanço de maio para junho foi de 39,24% para 40,59%, e nos corrigidos por preços, de 33,15% para 34,37%. Em relação à Selic, a diminuição da fatia foi de 27,02% em maio para 24,47% no mês passado. E, em câmbio, a parcela de títulos saiu de 0,59% para 0,57% no período.Cai participação de estrangeiros - De acordo com o relatório do Tesouro, a participação dos investidores estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) recuou de 12,26% do total em maio (R$ 224,67 bilhões), para 12,24% em junho (R$ 230,32 bilhões). Já a participação das instituições financeiras cresceu de 29,82% em maio para 30,46% em junho. Os fundos de investimentos elevaram sua participação de 27,33%, para 29,10% no mesmo período. A parcela de títulos nas mãos de fundos de previdência recuou de 12,81%, para 10,18% na mesma comparação.

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