23 de novembro de 2009 | 09h15
O alongamento da rede ganhou impulso após o racionamento de 2001. Na época o sistema de transmissão foi considerado o grande vilão do contingenciamento pelo qual o País teve de passar, já que as linhas não tinham capacidade para trazer energia do Sul - onde sobrava eletricidade - para o Sudeste, onde o consumo estava elevado. De lá pra cá, o tamanho da malha deu um salto enorme, até atingir 93.868 km.
Hoje, o sistema está mais robusto, com maior capacidade de interligação entre as regiões Norte e Nordeste e Sul e Sudeste/Centro-Oeste. Para os próximos anos, a expectativa é que essa expansão continue forte, já que a maior aposta do governo está nas hidrelétricas distantes dos grandes centros urbanos. O complexo do Rio Madeira, em Rondônia, por exemplo, está a 2.500 km do Sudeste. Itaipu, hoje a maior usina do País, está localizada a 850 km da Grande São Paulo.
Para especialistas, a localização dessas grandes hidrelétricas em regiões mais afastadas, por si só, representa um risco maior para a transmissão. "A expansão indefinida da rede traz riscos decorrentes de seu próprio tamanho. Reduzir esses riscos é o maior desafio do planejador a partir de agora", afirma o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Salles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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