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Custo de vida da classe média paulistana sobe 1,12% em junho

Por Agencia Estado
Atualização:

O custo de vida para as famílias paulistanas com renda entre 10 e 40 salários mínimos ficou 1,12% mais caro em junho. A constatação é da Ordem dos Economistas de São Paulo, responsável pelo cálculo do Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM). Esta variação representa uma aceleração de 0,49 ponto porcentual na comparação com maio, quando os gastos destas famílias, segundo o economista da Ordem, Piter Greiner, apresentaram uma alta de 0,63%. Com a variação apurada no mês passado, o ICVM passou a acumular no ano uma taxa de 2,20% e no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, uma alta de 4,38%. O grupo Transportes foi o que mais contribuiu para a alta de 1,12% do ICVM de junho. Os preços dentro deste grupo sofreram uma variação média de 3,40%. A maior alta nominal dentro do grupo veio dos preços do álcool combustível, com um reajuste de 11,83% na bomba. A gasolina passou a custar em junho 4,80% mais para o consumidor paulistano. Também pesou no bolso do consumidor a passagem de ônibus, com alta de 1,66%. Esta é a mesma variação apurada pelo IPC-Fipe e resulta do efeito estatístico provocado por um desconto 41,17% concedido pela Prefeitura de São Paulo na tarifa de ônibus no dia 1º de maio, de R$ 1,70 para R$ 1,00. No decorrer do mês de maio, a tarifa de ônibus entrou no grupo Transporte como um fator de pressão para baixo da inflação do grupo Transportes. Em junho, o efeito foi contrário, pressionando estatisticamente a inflação para cima. Em maio, a alta dos Transportes tinha sido de 1,14%. Perspectivas De acordo com Greiner, em julho é provável que o ICVM volte a variar abaixo de 1%, entre 0,80% e 0,90%. "Deve diminuir porque a alta foi provocada por combustíveis, que deve reduzir a pressão; e alimentos, em especial frutas e verduras, que também devem mostrar arrefecimento no ritmo de alta", diz o economista da Ordem dos Economistas. Para agosto, Greiner diz ainda não ter uma idéia clara de como o ICVM deverá fechar. De um lado, o índice vai incorporar as pressões vindas dos reajustes das tarifas de energia elétrica e telefonia fixa. No sentido contrário, se forem registradas temperaturas mais elevadas no mês que vem, poderá haver a antecipação da liquidação das roupas da coleção de inverno e uma oferta maior de alimentos in naturas. Isso, de acordo com o economista, deverá compensar, em parte, as pressões dos preços administrados. Para o ano, Greiner estima que o ICVM feche em torno de 6%.

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