
09 de março de 2015 | 14h32
SÃO PAULO - O custo de vida medido na cidade de São Paulo subiu mais em fevereiro para as famílias com maior renda, que recebem em média R$ 2.792,90 por mês. Segundo o Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo de vida para famílias com esse nível de renda subiu 1,46%. Para grupos com renda média familiar mensal de R$ 934,17, o custo de vida subiu 1,36% na passagem de janeiro para fevereiro. Já para as famílias mais pobres, que têm renda mensal de R$ 377,49, o custo de vida subiu 1,24%.
A alta maior do custo de vida para os mais ricos está associada aos aumentos dos preços dos combustíveis, incluídos no grupo Transporte, e dos gastos com saúde. Enquanto o impacto do aumento dos combustíveis foi de 1,63% para o segmento mais pobre e de 2,76% para o segmento médio, para os mais ricos o aumento em fevereiro alcançou 3,55%.
Os aumentos do grupo Saúde, por sua vez, atingem com mais intensidade as famílias de maior renda porque incluem o reajuste das consultas médicas e dos seguros e convênios. Entre os mais pobres, a taxa verificada, de acordo com o Dieese, foi de 0,94% e a contribuição, de 0,10 ponto porcentual. No nível médio, a variação foi de 1,17% e o impacto, de 0,14 ponto porcentual. Para as famílias com maior poder aquisitivo, o aumento dos gastos com saúde foi de 1,35% e o impacto foi de 0,22 ponto porcentual.
Para os técnicos do Dieese, o resultado, principalmente, do reajuste das tarifas de energia elétrica teve maior impacto para as famílias de baixa renda. Para os mais pobres, a taxa foi de 2,54% e a contribuição, de 0,58 ponto porcentual. Para o nível médio, a taxa foi de 2,27%, com impacto de 0,49 ponto porcentual. Para as famílias de renda maior, o impacto do aumento da energia foi de 2,03% e contribuição, de 0,44 ponto porcentual.
As altas nos preços dos produtos alimentícios pressionam mais o custo de vida das famílias mais pobres porque os alimentos in natura e semielaborados exercem peso maior na estrutura de gastos destas famílias. Tanto que a alta dos alimentos para as famílias com menor renda mensal foi de 0,84%, menor que os reajustes de 0,88% e 0,91% para as famílias do nível médio ao mais rico, mas os impactos, pela ordem foram de 0,34 ponto porcentual para as famílias de menor renda; de 0,32 ponto para as família de renda intermediária e de apenas 0,24 ponto para as mais ricas.
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