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CUT abre mão de corrigir IR em 55% se o governo der já 11%

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da CUT, Luiz Marinho, chegou à residência do presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, confiante de que o governo fará uma correção da tabela do IRPF ainda este ano. Segundo ele, se o governo fizer a correção já da tabela em 11,32%, índice acumulado no governo Lula, a CUT abre mão da correção de 55%, que corresponde à inflação acumulada desde 1996. "Estamos abertos para uma negociação", disse. O presidente da Confederação Geral de Trabalhadores, Antônio Carlos dos Reis, o Salim, também defendeu a correção da tabela do IRPF em 11,32%. Segundo ele, há recursos para fazer a correção porque a Receita Federal vem obtendo recordes na arrecadação. Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, há uma pressão geral para a correção da tabela e que, em ano eleitoral, essa mobilização tem muito valor. Ele lembrou que 6,6% da população economicamente ativa pagam IRPF e é justamente uma camada da população formadora de opinião e teria peso na escolha em ano eleitoral. "Político só funciona em época de eleição", disse. O líder do governo na Câmara, deputado Luizinho, que também participará da reunião com os sindicalistas, disse que o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, já deixou claro que não é possível corrigir a tabela do IRPF este ano. Ele considerou, no entanto, um movimento propositivo a reunião. "Ela poderá chegar a um bom entendimento", disse. O relator informal dos diversos projetos de lei em tramitação na Câmara que tratam de Imposto de Renda, deputado Carlito Merss (PT-SC) disse que a proposta da CUT de uma correção de 11,32% neste ano é interessante. "O esqueleto é difícil", afirmou, referindo-se ao acúmulo de tempo sem correção da tabela. Segundo o deputado, esse acúmulo já chega a 56%.

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