PUBLICIDADE

Publicidade

CUT defende atuação do governo para entendimento nacional

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, afirmou hoje que governo federal será o principal agente para a criação de um grande entendimento nacional com o intuito de garantir o crescimento da economia por um longo prazo. Marinho defende, por exemplo, que o governo crie instrumentos como a redução de impostos de importação de matérias-primas de setores que estão em sua plena capacidade instalada por um determinado período, até que essas áreas possam investir no país e ampliar sua produção. Além do governo, fariam parte do acordo os trabalhadores, a indústria e os banqueiros. O presidente da CUT defendeu ainda que as empresas beneficiadas pela isenção de impostos de importação teriam necessariamente de assumir o compromisso de não aumentar o preço e investir no aumento da produção. Para Marinho, não haveria uma perda de arrecadação por parte do governo com a renúncia fiscal, já que o incentivo à produção "criaria um aumento de arrecadação na escala" e também não haveria um controle ou um congelamento nos preços. "Haveria sim uma pactuação entre os elos da cadeia produtiva para a manutenção de preços e contratos por mais longo prazo como forma de garantir o fornecimento de matérias-primas para o País continuar crescendo", disse. Bancos e trabalhadores Além do incentivo à produção das empresas, o grande entendimento nacional proposto pela CUT prevê, segundo o presidente da entidade, que o governo reduza o compulsório ? parcela que os bancos devem recolher ao Banco Central ? para que os bancos possam reduzir o spread ? diferença entre os juros de captação e as taxas cobradas nos empréstimos. De acordo com ele, isso aconteceria "desde que os banqueiros se comprometam a dar sua contribuição diminuindo também sua margem de lucro". Já os trabalhadores, de acordo com Marinho, aceitariam um planejamento de ganho real nos salários por um período de três ou cinco anos. "Como não podemos reduzir os salários e nem aumentar a jornada, poderemos recuperar a renda de maneira planejada", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.