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CUT e Força Sindical criticam decisão do Copom

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, considerou hoje uma "triste repetição" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a Selic, a taxa básica de juros da economia. Em nota, ele reiterou críticas anteriores ao colegiado: "é conservador, insensível aos setores produtivos da economia, que é incapaz de apostar em mecanismos diferentes para o controle da inflação e que inibe o crescimento do nível de emprego." Para Marinho, o Copom mantém a receita de "injetar fermento no bolo de um único setor, o sistema financeiro, enquanto a sociedade continua esperando pelo desenvolvimento com oferta de empregos e com distribuição de renda". O presidente da CUT defendeu que o Copom seja gerenciado a partir de orientação do órgão normativo máximo do sistema financeiro, o Conselho Monetário Nacional, que, por sua vez, precisaria ter outra configuração, com a participação dos setores representativos da economia e dos trabalhadores. "Com isso, decisões que afetam a vida de todos os cidadãos certamente levariam em conta a necessidade de o País crescer com igualdade", argumentou Marinho. Força Sindical O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, considerou a decisão do Copom "extremamente desastrosa para a economia brasileira" e alertou que o aumento da taxa Selic "trará queda no investimento, na produção, no consumo, refletindo intensamente na oferta de empregos e rendimento dos trabalhadores". Na avaliação da central, a manutenção dos juros em patamares elevados, "frustra qualquer tentativa de retomada do crescimento econômico, comprometendo o primeiro semestre de 2005". Paulinho disse ainda que a política monetária do governo é recessiva, "defendida por insensíveis tecnocratas do governo, privilegia apenas bancos e especuladores em detrimento do desenvolvimento da economia".

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