A Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai pedir nesta segunda-feira, 19, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a redução da alíquota de INSS paga pelas empresas sobre a folha de pagamento de 20% para 14%, como forma de amenizar os efeitos da crise financeira internacional nos empregos. A ideia da CUT, porém, é que a proposta de desoneração do INSS seja temporária, beneficie apenas os setores mais atingidos pela crise e que tenha como contrapartida a garantia dos empregos dos trabalhadores e aporte constitucionais de recursos para o caixa da Previdência. Veja também: Centrais querem plano contra demissões De olho nos sintomas da crise econômica Dicionário da crise Lições de 29 Como o mundo reage à crise "O governo federal terá que aportar recursos do Tesouro ou do superávit primário para que a Previdência não perca sua receita", disse o presidente da CUT, Artur Henrique da Silva , após encontro com as principais federações associadas, na Capital. Para ele, a medida é necessária para evitar a volta do debate sobre a reforma da Previdência. Na avaliação de Artur Silva, a perda de receitas da Previdência, caso a proposta fosse aceita, seria utilizada para que críticos voltassem a pedir mudanças no sistema da Previdência Social. Para a CUT, não é necessária uma reforma, pois a avaliação é a de que a Previdência é superavitária e que contribuições assistenciais, como as aposentadorias rurais, por exemplo, não podem ser contabilizadas como despesas da Previdência, mas sim do Tesouro. A CUT pedirá ainda ao presidente Lula, em reunião às 17 horas em Brasília, a redução da taxa básica de juros, dos spreads bancários, do superávit primário, medidas que estimulem a retomada das vendas de veículos usados e a manutenção dos investimentos de empresas como a Petrobras e a Eletrobras.