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CUT rejeita redução de gastos sociais com fim da CPMF

Por PEDRO HENRIQUE FRANÇA E AMANDA VALERI
Atualização:

Duas das maiores centrais sindicais do País divulgaram comunicados oficiais a respeito da rejeição do Senado à prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o fim do tributo vai prejudicar principalmente os trabalhadores. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o governo "não pode" prejudicar investimentos em políticas sociais. Segundo o presidente da CUT, Artur Henrique Silva, "a CUT não vai aceitar nenhuma tentativa de drenagem de recursos" das políticas sociais. Artur Henrique recomendou que em vez de afetar recursos que seriam destinados a programas sociais, o governo deveria preencher as "lacunas orçamentárias" com redução no pagamento dos juros da dívida interna. Na próxima terça-feira, dia 18, a Executiva Nacional da CUT agendou uma reunião para programar as ações que pretendem empreender e definir propostas que defendam os investimentos dos programas sociais. UGT O presidente da UGT, Ricardo Patah, afirmou reconhecer que a carga tributária é o "principal entrave" à expansão da produção e à recuperação do emprego. "Mas o pagamento dessa conta não pode cair sobre trabalhadores e excluídos", reiterou. Patah defendeu que "essa carga" sobre o setor produtivo seja reduzida através da racionalização dos gastos públicos e também por maior taxação do lucro dos bancos e do capital financeiro internacional, "que nada contribui para pagar pelas taxas de juros de que usufrui".

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