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CVM destaca papel da regulação na evolução do mercado

Por Tatiana Freitas
Atualização:

A presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana, destacou hoje, durante apresentação realizada em São Paulo, o papel do avanço da regulação no desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Segundo ela, a estabilização da economia e a liquidez internacional contribuíram para o aumento do número de ofertas. "Outras economias emergentes davam as mesmas condições de crescimento para as empresas e não tiveram o mesmo desempenho que o Brasil", disse, referindo-se ao desenvolvimento do mercado. Maria Helena ressaltou o fato de o desenvolvimento do mercado de capitais no País não estar relacionado ao que chamou de "incentivos artificiais", como benefícios fiscais a empresas que decidam abrir o capital e obrigações de alocação de poupança. "O que aconteceu foi mecanismo de mercado", acrescentou, destacando também a importância da criação de diferentes níveis de governança corporativa por parte da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). De acordo com ela, mais garantias ao investidor de boas práticas de governança são refletidas em menores custos de capital. Além disso, os diferentes níveis de governança possibilitaram melhorar a aceitação, por parte dos investidores, das colocações secundárias, tornando viável, inclusive, a saída de fundos de private equity (que comparam participação em empresas) por meio da listagem em Bolsa. Estrangeiros A participação dos investidores estrangeiros no mercado de ações local também foi um item citado por Maria Helena como favorável ao desenvolvimento do mercado. "É claro que o mercado doméstico, sozinho, não teria sido capaz de absorver os volumes que foram colocados", disse. Segundo ela, apresentando demanda às ofertas - os estrangeiros ficam, em média, com 70% dos volumes colocados -, os investidores de fora do País contribuem para redução dos custos das aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês) e melhor precificação das empresas. No ano passado, a Bovespa foi o quinto mercado em ofertas iniciais de ações, atrás apenas de Nova York, Londres, Shangai e Hong Kong. As ofertas de ações somaram R$ 75 bilhões em 2007. A distribuição de valores mobiliários ficou em R$ 167 bilhões. "Foi o ano mais ativo da história do mercado de capitais", disse. Maria Helena participou hoje do seminário "Mercado de capitais: o cenário atual e desafios para o futuro", promovido pelo Ibmec-SP e pela Máquina Finance PR.

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