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CVM monitora atuação de influenciadores

Ao lado do Ministério Público, órgão investiga possíveis crimes de manipulação de preços

Por Renato Jakitas , Luisa Laval e Mariana Hallal
Atualização:

A explosão de influenciadores em finanças na internet, de dentro e de fora do mercado de capitais, tem chamados a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Ministério Público Federal. Os órgãos investigam práticas que vão de possíveis crimes de manipulação de preços até exercício irregular da atividade de análise de ações por parte de alguns perfis.

“A CVM e o MPF têm empregado filtros que colhem nas redes sociais dados para investigar pessoas que usam de sua posição junto à audiência para práticas não permitidas, como manipulação de mercado. A gente pode não ter visto ainda nenhum caso muito rumoroso, mas está acontecendo”, afirma o advogado e ex-presidente da CVM Marcelo Trindade.

Nathalia Arcuri dá conselhos financeiros e prepara cursos para 5,3 milhões de seguidores Foto: Nilton Fukuda/Estadão - 2/3/2017

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Casos de manipulação de preço podem ocorrer quando um influenciador recomenda a compra e a venda de determinada ação com o objetivo de ele próprio lucrar depois com a operação.

“Existe muita coisa boa, agora também existe muita coisa duvidosa, com gente que faz recomendação de ações sem credencial para isso”, diz Bernardo Pascowitch, dono do buscador de investimento Yubb.

“As pessoas querem recomendações de investimentos, mas eu sempre tomei cuidado para falar de educação financeira, que é outra coisa”, diz Nathalia Arcuri, do Canal Me Poupe.

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