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CVM pede explicações a acionistas da Perdigão

De acordo com a autarquia, aa documentação apresentada pela Perdigão para recusar a oferta feita pela Sadia para a compra de suas ações não é suficiente

Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou hoje que a documentação apresentada pela Perdigão para recusar a oferta feita pela Sadia para a compra de suas ações não é suficiente. A CVM vai notificar os acionistas que recusaram a proposta - sete fundos de pensão e a Weg Participações, que detêm, juntos, 55,38% do capital da Perdigão -, a fim de que confirmem, de maneira inequívoca, que rejeitaram a oferta. Na segunda-feira, a Sadia fez uma oferta pública para assumir 100% das ações da Perdigão, em um negócio que poderia chegar a R$ 3,7 bilhões. A Previ, um dos fundos acionistas da Perdigão, que detém 15,31% das ações, informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que já está providenciando a documentação requerida pela CVM. O material deve ser encaminhado ainda hoje à autarquia. Razões para a recusa A Perdigão apresentou duas razões para explicar a rejeição da proposta. A primeira delas é de ordem jurídica. Segundo o presidente da companhia, Nildemar Secches, a oferta da Sadia não atende o Estatuto Social da empresa. O Estatuto, segundo Nildemar Secches, estabelece que só uma empresa que tenha entre 5% e 20% das ações da Perdigão pode fazer uma oferta pública pela companhia. ?A Sadia se valeu de uma regra que não se aplica a ela?, disse Secches. A outra justificativa apresentada pela Perdigão foi o preço ofertado pela Sadia. Em um documento enviado ontem à direção da Perdigão, seus principais acionistas disseram que o valor de R$ 27,88 por ação é muito baixo. Mas o preço das ações não será motivo de debate. Ao rejeitar a oferta pela questão jurídica, Secches disse que não convocaria mais a Assembléia de Acionistas, como estava previsto, para escolher o banco que faria um laudo sobre o valor da empresa. No edital da oferta pública, a Sadia havia estipulado prazo de 45 dias para que a Perdigão obtivesse o laudo de avaliação. ?Vamos economizar esse dinheiro?, ironizou Secches.

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