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Cyrela prevê ampliar crescimento mesmo sem recursos de emissão

Por MAURÍCIO SAVARESE
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A incorporadora Cyrela minimizou nesta quarta-feira a importância dos 500 milhões de reais de uma emissão internacional para financiar o seu crescimento. A operação foi congelada em meio à crise nos mercados de crédito globais. De acordo com o vice-presidente financeiro da empresa, Luis Largman, a Cyrela tem acordos no valor de cerca de 3 bilhões de reais com os bancos ABN Amro Real, Santander e HSBC para fazer novos negócios no país, em especial nos produtos voltados a clientes com renda entre 55 mil e 150 mil reais. "Queremos estar entre os líderes nesse setor, onde está uma grande fatia de potenciais clientes, e esses recursos dos bancos já nos dão tranquilidade para isso", disse Largman em teleconferência com analistas após o anúncio do resultado da companhia. "Os recentes acontecimentos no mercado internacional elevaram taxas de juros e adiaram a emissão. Mas isso não é problema. Existe liquidez na Cyrela e (a emissão) é questão de oportunidade... Estamos prontos para voltar à carga quando o mercado permitir. Temos de procurar a taxa mais barata, porque a companhia não tem necessidade desses recursos", completou ele, sem prever uma data para que a operação aconteça. A empresa tinha intenção de usar os 500 milhões de reais da oferta de bônus no exterior para compra de terrenos e lançamento de novos empreendimentos, no aumento de concessão de crédito aos clientes e na liquidação de dívidas, entre outros. No final de julho, a Cyrela adiou a emissão dos títulos que teriam vencimento em 2017. Os mercados financeiros têm sofrido fortes baixas nas últimas semanas devido aos problemas com o setor de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos, o chamado subprime. LUCRO SOBE A Cyrela divulgou nesta quarta-feira que teve lucro líquido no primeiro semestre de 241 milhões de reais, aumento de 84,7 por cento sobre o mesmo período de 2006. De janeiro a junho, as vendas contratadas subiram 72,1 por cento, para 1,372 bilhão de reais. A receita líquida da incorporadora nos seis meses foi de 659 milhões de reais, ante 493 milhões de reais um ano antes. A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) totalizou 169 milhões de reais até junho, crescimento de 17,5 por cento na comparação anual.

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