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DAC estica prazo para plano da Transbrasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O Departamento de Aviação Civil (DAC) decidiu prorrogar por dois dias o prazo para a Transbrasil apresentar seu plano de operações. Em vez de ser no dia 3 de fevereiro, será no dia 5 de fevereiro. A Transbrasil está sem voar desde 3 de dezembro. No dia 5, a empresa terá de apresentar ao DAC seu planejamento econômico, fiscal e operacional, conforme exigência da Lei de Concessões (nº 8987). A partir dessas informações, será feita uma vistoria técnica na companhia. O DAC também vai pedir certidão negativa de débito da empresa e documentos que provem a idoneidade financeira de seu novo controlador, Dílson Prado da Fonseca, e de sua equipe de executivos. Este será mais um problema para o novo dono da Transbrasil, que adquiriu o controle da companhia na semana passada por R$ 1, num negócio considerado nebuloso por analistas da aviação. Fonseca admitiu em entrevista à imprensa realizada na semana passada que deve R$ 1.000,00 para o Imposto de Renda. No entanto, empresas comandadas por ele - que já não operam mais - têm dívidas com a Infraero e outros credores. Segundo o DAC, Fonseca e outras pessoas de sua equipe terão de apresentar certidão negativa de débito, porque isso está previsto na lei. O DAC frisou, por meio de sua assessoria, que não se trata de uma investigação pessoal. A Transbrasil, entretanto, terá dificuldades para obter uma certidão negativa de débito, pois tem dívidas junto ao INSS, à Infraero e outros credores. Na próxima quarta-feira, haverá uma Assembléia Geral Extraordinária na Transbrasil para que o empresário Dílson Prado da Fonseca e seus executivos tomem posse. O presidente do conselho superior de administração da Transbrasil, Antônio Celso Cipriani, vai renunciar ao cargo. A companhia planeja retomar os vôos depois que o DAC der o seu parecer. Ela poderia voltar com seus dois Boeings 737-300 e o 767-200 (aviões próprios), além de dois Brasílias da regional Interbrasil. A Transbrasil pretende voltar a comercializar passagens, mas ainda não tem uma data para isso. No dia 5, os novos controladores terão em São Paulo uma reunião com o Sindicato dos Aeronautas e dos Aeroviários para definir o plano de pagamento dos 1.200 funcionários da empresa, que estão com salários atrasados desde outubro. Fonseca sustenta que recebeu um aporte de US$ 25 milhões de um grupo de investidores, recusando-se a fornecer maiores detalhes sobre eles. O empresário, que tem 75% das ações da empresa, informou que a Transbrasil, cujas dívidas alcançam R$ 1 bilhão, receberá mais R$ 200 milhões do mesmo grupo futuramente. Segundo ele, a empresa pretende fazer uma emissão privada de debêntures a serem adquiridas pelos investidores, em data não revelada. Segundo Fonseca, a Transbrasil mantém um acerto com a companhia americana Dodson International, especializada em compra e venda de aeronaves, que lhe fornecerá novas aeronaves e turbinas de aviões.

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