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Dados ruins dos EUA trazem tensão e derrubam Bolsas européias

Perdas do JPMorgan, alta da importação e queda de vendas no varejo renovam preocupação com crise nos EUA

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Por Redação
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Informes negativos do setor financeiro derrubam as principais Bolsas européias nesta quarta-feira, 13. Os bancos são prejudicados por preocupações renovadas com crédito dos Estados Unidos. Na última terça, o JPMorgan Chase caiu 9,5%, após anunciar uma perda de US$ 1,5 bilhão em ativos lastreados por hipotecas.   Veja também:  Vendas no varejo dos EUA caem pela 1ª vez em 5 meses  Com petróleo, importação nos EUA tem maior alta desde 1982  Temores de recessão derrubam bolsas da Ásia    Os relatórios divulgados nesta quarta que mostraram aumento nos preços de importação nos Estados Unidos em julho e queda nas vendas do varejo em junho, pela primeira vez em cinco meses, fizeram os índices futuros das bolsas de Nova York ampliarem a queda, indicando uma abertura negativa do pregão regular. O avanço do petróleo também deve pesar no comportamento das Bolsas, um dia após o amplo movimento de vendas liderado pelo setor financeiro. Às 10h15 (de Brasília), o futuro Nasdaq 100 exibia queda de 0,13% e o S&P 500 caía 0,45%.   Na Europa, o banco de investimentos UBS, um dos mais afetados por baixas contábeis relacionadas ao mercado de crédito, recuava 4,5%. O banco anunciou na terça resultados trimestrais piores do que o esperado e informou que irá se dividir em três partes autônomas, criando inclusive uma unidade de banco de investimento separada.   Essas preocupações estão também em parte por trás das perdas do Fortis (-3,3%) e do Santander (-2%), depois de o Commonwealth Bank of Austrália ter desistido das negociações para comprar o ABN Amro Austrália. Credit Suisse perdia 4% após a Autoridade dos Serviços Financeiros do Reino Unido ter multado as operações do banco suíço naquele país em 5,6 milhões de libras (US$ 10,5 milhões), alegando que a instituição não conduziu seus negócios com "habilidade, cuidado e diligência necessária" no que se refere aos títulos lastreados por ativos.   Na Ásia   As principais bolsas asiáticas tiveram uma quarta-feira de queda, com o índice de ações fora do Japão recuando para o pior nível em 17 meses devido aos crescentes riscos de um intenso desaquecimento global, enquanto o dólar tinha seu maior patamar em seis meses contra um leque de moedas. Às 7h44 (horário de Brasília) o índice MSCI da Ásia Pacífico exceto Japão apresentava desvalorização de 1,5%, aos 397 pontos, próximo ao fim dos negócios, acumulando uma perda de 32% desde o pico atingido em novembro. Dados mostrando que o PIB japonês se contraiu no segundo trimestre se somaram ao sentimento de desconforto sobre as perspectivas de crescimento e reforçaram os temores de que a segunda maior economia do mundo possa ter entrado em recessão. Ainda, a crise de crédito não mostrou sinais de ter acabado, com as perdas do JPMorgan.   (Com Marcílio Souza, da Agência Estado)

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