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Daniel Dantas e Carla Cicco serão intimados a depor na PF

Por Agencia Estado
Atualização:

A Polícia Federal intimará o banqueiro Daniel Dantas, sócio controlador do Grupo Opportunity, e a presidente da Brasil Telecom, Carla Cicco, para deporem na próxima semana, no inquérito que apura espionagem ilegal feita pela empresa de auditoria Kroll Associates na Telecom Itália, contratada pelo Opportunity e pela Brasil Telecom. Hoje, o ex-sócio de Daniel Dantas no Grupo Opportunity e hoje adversário dele, Luiz Roberto Demarco, prestou depoimento em sigilo, durante quatro horas na PF, como convidado. A Polícia já tem provas de que Demarco foi espionado durante um longo tempo pela Kroll, e de várias formas possíveis: teve seus telefones grampeados, foi filmado, sofreu escuta ambiental e teve e-mails violados, inclusive mensagens que trocou com integrantes do governo. Demarco estava transmitindo ao ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo, Luiz Gushiken, informações sobre operações de Daniel Dantas na previdência privada. Por ordem judicial, a PF devolveu hoje o servidor central do Banco Opportunity, mas antes tirou cópias de tudo o que estava armazenado na memória dele, para ser periciado. A PF montou um pool de técnicos e peritos da própria Polícia, do Banco Central, da Receita Federal e da Previdência Social para fazer uma devassa em todo o material apreendido na chamada Operação Chacal, realizada quarta-feira. Caso Kroll O objetivo da operação Chacal é apurar o caso de espionagem que envolve a multinacional especializada em investigações empresariais. A Kroll foi contratada pela Brasil Telecom, operadora administrada pelo Grupo Opportunity, para conseguir informações sobre a Telecom Itália, empresa com a qual disputava o controle da operadora de telefonia. O caso Kroll, tornado público em julho deste ano, de início limitava-se a uma briga dos sócios da BR Telecom. A investigação foi contratada pela presidente da operadora para conseguir informações sobre a Telecom Italia, empresa com a qual o Opportunity disputava o controle da BR Telecom. Mas, acabou resvalando para a espionagem de membros do governo Lula, como o ministro da Comunicação e o presidente do Banco do Brasil, Cassio Casseb, que tiveram e-mails e ligações telefônicas monitorados. Veja mais informações sobre o caso no link abaixo.

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