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De carona na TV digital, Semp Toshiba volta a fabricar celulares

Empresa investe quase US$ 50 milhões numa fábrica em Manaus apostando no uso de celulares para ver TV

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Por Márcia De Chiara
Atualização:

A Semp Toshiba aproveita a chegada da TV digital e investe perto US$ 50 milhões numa fábrica de celulares na Zona Franca de Manaus (AM). Após quase 15 anos afastada da produção de celulares, a companhia, que é uma joint venture entre a brasileira Semp (60%) e a japonesa Toshiba (40%), decidiu voltar para o mercado. Mais informações no site "Um dos subprodutos mais importantes da TV digital é a televisão no celular", afirma o presidente do Grupo, Afonso Antônio Hennel. Ele observa que, como o padrão da TV digital brasileira é baseado no modelo japonês e essa tecnologia é dominada pela Toshiba, o caminho para atingir a mobilidade na TV digital está aberto. Hennel conta que em 1993, a companhia desistiu de produzir celular porque optou por centrar esforços na área de entretenimento, isto é, na produção de aparelhos de áudio e vídeo. Agora, com a convergência tecnológica e o início das transmissões da TV digital no dia 2 de dezembro, na Grande São Paulo, a fabricação de celular ganha importância. "Somos líderes na produção de TVs e queremos ficar em pé de igualdade com os concorrentes", diz Hennel. Jairo Siwek, diretor da área de celulares da companhia, diz que entre seis e nove tipos diferentes de celulares estarão à venda no mercado no primeiro trimestre do ano que vem. Nesse grupo, estão incluídos desde os modelos mais simples até os sofisticados, como o celular que capta os sinais da TV digital e o smart fone, que desempenha funções de computador, isto é, permite acesso à caixa de e-mails e baixar programas da internet. "Vamos usar a tecnologia GSM e 3G e trabalhar com todas as operadoras de celular." Como já ocorre no segmento de computadores da companhia, os celulares, dependendo do modelo, sairão da fábrica com uma das duas marcas da empresa. A marca Toshiba será usada os celulares mais sofisticados e a a marca STI para os demais. Sem revelar expectativas de faturamento, Siwek diz que a meta da companhia é conquistar 10% do mercado interno de celulares em três anos e, numa segunda etapa, exportá-los para os vizinhos. A empresa apresentou ontem dois modelos de conversores para TV digital que estarão disponíveis no varejo de São Paulo a partir da segunda-feira. Um dos modelos é recomendado para televisores de alta definição e custa R$ 1,1 mil. O outro modelo é básico e sai por R$ 800. Em ambos os casos o preço está muito acima do previsto pelo governo, que projetava R$ 200. "Nosso setor é competitivo e o preço reflete custos e tecnologia. O governo prometeu medidas de desoneração que não saíram", diz Hennel. Inicialmente importados, os conversores serão fabricados em Manaus a partir de março.

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