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De lavrador no Ceará a colecionador de arte

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Por Redação
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Diogo Gadelha é um tipo de comerciante muito comum no Brasil das décadas de 60 e 70, que construiu o patrimônio só com o ensino primário no currículo, mas com habilidade acima da média para fazer contas de matemática. E de cabeça, como faz questão de frisar. Ele migrou do Ceará aos 22 anos, depois de uma infância e adolescência pobres no interior do Estado. "Eu comecei a trabalhar cedo, ajudava o pai na lavoura de carnaúba e depois no armazém de secos e molhados. Mas não dava para ficar para sempre lá. Era muito pobre." O cearense chegou ao Rio na década de 50 e mudou-se para São Paulo depois de receber um convite irrecusável do pai de um colega do pensionato. A proposta: ser gerente de uma loja de cama, mesa e banho e morar de graça na casa do patrão. "Eu não precisava pagar nem a pasta de dente." Em vez de torrar o dinheiro ou colocá-lo no banco, ele passou a comprar terrenos. Hoje, seu hábito mais extravagante é colecionar obras de arte. "Meu apartamento tem paredes demais." Mas até esse hobby ele transformou em negócio. Desde 2005, ele e a atual mulher, juntos há seis anos, são donos de uma galeria de arte no Shopping Iguatemi. Quando ele não está no banquinho, pode saber: está vendo quadros perto dali.

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