SEGUROS E INTERNACIONALIZAÇÃO
De acordo com Setubal, o Itaú Unibanco vai seguir em 2015 a trajetória de saída das atividades de seguros consideradas não essenciais para o banco. Neste ano, o grupo se desfez da operação de grandes riscos. Também encerrou a parceria com varejistas para venda de garantia estendida.
Ele não precisou quais atividades poderiam ser vendidas, mas citou que a participação no IRB, de resseguros, e no Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), são exemplos de operações não essenciais.
O foco, disse o executivo, é o chamado "bancassurance", com venda de produtos nas agências bancárias, como o seguro residencial. Ele descartou uma atuação mais agressiva para ter uma operação de seguridade de tamanho semelhante ao dos principais rivais.
"Sinceramente, gosto mais do meu modelo de negócios, é mais eficiente", disse.
Setubal disse ainda que o banco segue interessado em ter uma operação no México e, respondendo a uma pergunta, afirmou que o Banamex, do norte-americano Citi, poderia ser uma alternativa.
"O Itaú Unibanco tem interesse em entrar no México e o Banamex é uma opção que pode ser avaliada", disse. Depois, a jornalistas, Setubal declarou que não houve nenhum contato ou negociação nesse sentido.
Mais cedo, o diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco, Alfredo Setubal, disse também em reunião com analistas que no momento o banco não considera nenhuma compra no exterior, dada a alta recente do dólar.
Roberto Setubal reiterou que deve deixar a presidência do grupo em 2017, na assembleia de acionistas após ele ter completado 62 anos, data limite segundo o estatuto do banco.
(Por Aluísio Alves, edição Alberto Alerigi Jr. e Luciana Bruno)