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De olho no exterior, dólar sofre ajuste e vai a R$1,575

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Por Silvio Cascione
Atualização:

O dólar chegou a subir quase 1 por cento diante do real nesta terça-feira, aproveitando a valorização global da moeda norte-americana para realizar ajustes em meio à queda do preço das matérias-primas. No final do dia, a divisa encerrou a 1,575 real, com uma valorização de 0,77 por cento. A alta foi definida logo no começo da sessão, quando a baixa do preço de commodities --como o petróleo-- e a elevação do dólar diante de outras moedas provocou ajustes no mercado brasileiro, que atuava há vários dias em um patamar abaixo da média. Nas últimas sessões, o dólar rondava 1,56 real, menor patamar desde janeiro de 1999. "Hoje o mercado de câmbio está com um volume de demanda acima do normal", escreveu Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, em relatório. Mas "no nosso entender o viés do dólar ainda permanece de queda". Entre os ajustes realizados, os investidores estrangeiros têm reduzido a posição vendida em derivativos cambiais na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) --o que equivale, na prática, a uma aposta menor na queda do dólar. No fechamento de segunda-feira, eles exibiam 4,6 bilhões de dólares em posições vendidas em dólares, contra 7,6 bilhões de dólares no final do mês passado. Após o impulso inicial desta manhã, o dólar se estabilizou acima de 1,57 real à espera da reunião sobre o juro dos Estados Unidos. O Federal Reserve manteve a taxa em 2 por cento, como esperado, e não provocou grandes mudanças no fim do pregão. Nos últimos minutos de negócios o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Foram aceitas duas das propostas divulgadas, segundo um operador, com taxa de corte de 1,5742 real.

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