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De olho no Federal Reserve

Foto do author Adriana Fernandes
Por Fabio Graner e Adriana Fernandes
Atualização:

Nas análises técnicas de sua equipe sobre a inflação, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dispõe de dados que mostram uma significativa correlação de longo prazo entre os preços internacionais do petróleo e a trajetória do dólar. Os dados, compilados desde 1970, mostram que, enquanto o dólar cai, o petróleo sobe, e vice-versa. Outra correlação verificada pela equipe econômica é entre os preços dos alimentos e do petróleo. Esta é direta, ou seja, os movimentos dos dois, quase sempre, vão na mesma direção. A explicação é que o petróleo é insumo importante para a produção agrícola, seja no transporte ou no uso de fertilizantes. Diante disso, será objeto de atenção especial da equipe econômica os próximos passos da política monetária norte-americana. Ela será decisiva para os rumos do dólar e, conseqüentemente, do petróleo. O cenário básico da Fazenda é que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vai trabalhar para evitar a continuidade da queda no dólar, mas não deve elevar os juros fortemente, pois isto traria sérios danos ao debilitado sistema financeiro dos país. Caso confirmado, esse cenário seria positivo para o Brasil, já que interromperia a escalada do petróleo, retirando o fator primordial, na visão da Fazenda, da alta na inflação.

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