
20 de março de 2014 | 02h03
Numa escala de 0 a 100, o otimismo com a economia brasileira, segundo o Panorama de Negócios, caiu de 63,5 pontos, em março do ano passado, para 53,3 pontos, em dezembro e, agora, para 52,6 pontos. Os executivos brasileiros estão entre os menos otimistas do mundo, muito abaixo dos norte-americanos (60 pontos), dos latino-americanos em geral (59,2 pontos) e dos europeus (58,5 pontos).
O Brasil puxou para baixo a média latino-americana de otimismo: no Peru, o otimismo atingiu 69,8 pontos e, no Chile, 66,2 pontos. Um dos responsáveis pela pesquisa, Klenio Barbosa, da FGV, acredita que isso "seja motivado por fatores internos e não externos", afirmou ao repórter Luiz Guilherme Gerbelli, do Estado.
Entre o último trimestre de 2013 e o primeiro de 2014 (até agora), caiu de 43% para 34% o porcentual de empresas que pretendem aumentar os investimentos, segundo a Sondagem de Investimentos, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV), também divulgada nesta semana.
E, após um período de três meses de estabilidade, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Município de São Paulo (Icec) registrou, em fevereiro, queda de 6% em relação a janeiro, atingindo 112,3 pontos. O Icec é 4,1% inferior ao indicador de fevereiro de 2013. O índice avalia a situação presente das empresas, as expectativas para o futuro próximo e a propensão para decidir novos investimentos no comércio, entre outros itens.
Os resultados da política econômica - tais como os desequilíbrios fiscal e cambial, além das pressões inflacionárias - parecem estar entre os grandes responsáveis por menos otimismo. Como agravantes, as condições climáticas e o risco de colapso na oferta de energia.
Maior clareza nas explicações do governo sobre como pretende enfrentar os problemas que geram incertezas e desconfianças poderia melhorar o ânimo.
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