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Debêntures: uma opção de destaque

Empresas aderem às debêntures para captar mais recursos. O número de instituições interessadas na emissão desses papéis já supera o daquelas que solicitam emissões de promissórias. Saiba mais sobre a aquisição de debêntures por pessoa física.

Por Agencia Estado
Atualização:

As debêntures, títulos de renda fixa emitidos por sociedade anônima para tomar empréstimo no mercado, estão ganhando uma posição de destaque no mercado financeiro. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há uma fila de 12 empresas aguardando análise da autarquia para emitir debêntures. Até agora, 29 empresas já estão registradas para esse fim, e, somadas às que aguardam resposta da CVM, podem totalizar 41 até o final do ano. No ano passado havia 19 empresas emissoras desses papéis. Enquanto as solicitações para emissão de debêntures aumenta, a procura por emissões de notas promissórias vem diminuindo. A CVM registra que o interesse para alocar notas promissórias, até agora, vem de apenas uma empresa, a Company Tecnologia de Construções, de R$ 15 milhões. Segundo o gerente de registros da CVM, Felipe Mota, a ascensão está ocorrendo, dentre outros motivos, por causa da queda dos juros e da estabilidade econômica. Isso teria feito com que o investidor voltasse a comprar papéis mais longos. De acordo com Mota, os projetos de emissão de notas promissórias demandam prazos maiores nas captações, pois são ferramentas de curto prazo, o que acaba estimulando a procura por debêntures. Algumas das empresas registradas são: BCP S/A, Santista Alimentos S/A, Construtora Sultepa S.A., Sulabentures S.A, Finasa Leasing Arrendamento Mercantil S/A, Cosern - Cia. Energética do Rio Grande do Norte, Draft II Participações S.A, Telemar Participações S/A, Parque Temático Playcenter S/A, Eletropaulo Metr. Eletr. SP S.A e Fibra Dupont Sudamerica S.A Compra de debêntures por pessoa física Segundo Mota, apesar de existir a possibilidade de pessoa física adquirir debêntures, até mesmo porque a própria CVM estimula o atendimento ao varejo, a maioria das empresas destina suas emissões a outro tipo de comprador, como, por exemplo, fundos de pensão. "Geralmente esses papéis têm valor nominal muito alto, o que os torna inacessíveis aos pequenos investidores", diz. A CVM diz que é obrigatório que as instituições explicitem, por meio de anúncios em jornais, os procedimentos de distribuição dos títulos. Dentre as informações necessárias estão o público preferencial das emissões e como adquirir os papéis. Mota recomenda que os investidores interessados analisem com cautela o prospecto da companhia para avaliar os riscos melhor. Em sua opinião, uma das vantagens de se adquirir debêntures é que elas "oferecem uma renda fixa e são relativamente independentes das oscilações das taxas de juros".

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