PUBLICIDADE

Publicidade

Decisão do Copom sobre os juros sai hoje

Analistas acreditam que há espaço para a queda das taxas de juros, porém acreditam que uma decisão precipitada pode elevar o preço do dólar e pressionar os índices de inflação.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje sai o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai definir a nova taxa de juros básica - Selic. O mercado financeiro apostava ontem que o Comitê manterá a taxa básica de juros em 18,5%, adotando tendência de queda, com a colocação do viés de baixa. Isso permitirá ao Banco Central (BC) reduzi-la após os encontros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na quarta-feira, e do banco central norte-americano (FED), na próxima terça-feira. Taxa de juros já tem espaço para cair A inflação contida, o valor do dólar controlado e os indícios de que a economia nos Estados Unidos dá sinais de desaquecimento são motivos para que o Comitê avaliasse a possibilidade de redução dos juros. O mercado financeiro já vem operando com taxas mais baixas. Na semana passada, pagou juros anuais de 18,3% para empréstimos por um dia, abaixo da meta de 18,5% fixada na reunião de 19 de abril pelo Copom. Essa expectativa dominante no mercado era compartilhada por três quartos dos economistas de bancos ouvidos por uma agência de notícias, que encontrou um punhado de analistas mais otimistas esperando corte no juro básico já, e apenas um céptico, que não esperava nem corte e nem mesmo tendência de baixa. Ele, porém, não era uma voz totalmente isolada. Havia alguns analistas criticando o otimismo com o argumento de que, embora o FED possa não elevar os juros norte-americanos na próxima semana - pode vir a subi-las de novo na reunião de agosto. Além disso, advertia essa corrente, o Banco Central Europeu (BCE) está tratando de acompanhar o FED na escalada dos juros internacionais. Essa corrente citava o economista Affonso Celso Pastore, que em relatório elaborado por sua consultoria, advertiu que a leitura dos indicadores nos Estados Unidos pode estar superestimando a tendência de desaceleração econômica. De acordo com Pastore, as conseqüências da redução precipitadas dos juros em julho e em setembro do ano passado ainda estão bastante presentes. Segundo ele, ao cortar os juros naquela ocasião, o BC induziu uma brusca elevação do dólar, que resultou em pressão nos índices de preço.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.