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Decisão sobre gestão fraudulenta do Nacional sai no dia 28

Por Agencia Estado
Atualização:

A decisão judicial sobre a acusação de gestão fraudulenta no Banco Nacional sairá no próximo dia 28, mais de seis anos depois da intervenção do Banco Central na instituição. O juiz Marcos André Bizzo Moliari, da 1ª Vara Federal Criminal, que lerá a sentença, no Rio, é o mesmo que, na semana passada, a pedido do procurador Rogério Nascimento, proibiu que o ex-presidente do Nacional Marcos Magalhães Pinto e outros ex-dirigentes da instituição saíssem do País. O Nacional tinha 652 contas fantasmas no seu balanço, encobrindo um rombo avaliado, em 1996, em R$ 7,5 bilhões pelo Banco Central. Segundo o BC informou na época, desde 1986, por quase dez anos, portanto, o Nacional vinha conseguindo esconder seus problemas financeiros e patrimoniais adulterando o balanço com as contas falsas. A fraude, comprovada pelo BC, foi confirmada posteriormente, ainda em 1996, pelo ex-vice-presidente da área de controladoria do Nacional, Clarimundo Sant?Anna, em depoimento à Polícia Federal, ainda em 1996. O controle acionário do Nacional era da família Magalhães Pinto até que em 18 de novembro de 1995, o Banco Central decretou Regime de Administração Especial Temporária (Raet) no Nacional. No mesmo dia, por poderes conferidos ao BC por uma medida provisória editada na noite da véspera, o BC dividiu o banco em duas partes e transferiu para o Unibanco uma parte livre de rombo graças a um financiamento do Proer, criado duas semanas antes por medida provisória. A outra parte, com dívidas inclusive do Proer, ficou sendo administrada pelo BC e permanece nessa situação, atualmente, porém, sob regime de liquidação em vez de Raet.

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