Publicidade

Decisão sobre juro nos EUA faz Bovespa subir 4,37%

Ibovespa terminou em 39.993,46 pontos, na máxima do dia. Nos EUA, o Dow Jones subia 4,01% e o Nasdaq, 4,70%

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

A inesperada decisão do banco central norte-americano (Federal Reserve) ao cortar a taxa básica de juros acima do previsto e também mudar a política monetária do país acabou estimulando o mercado financeiro. Logo após o anúncio, os índices acionários aumentaram os ganhos e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a ultrapassar os 4% de alta, sem, entretanto, romper a barreira dos 40 mil pontos - embora tenha chegado bem perto.   Veja também: Fed muda política e adota juro entre zero e 0,25%   O Ibovespa terminou o dia com ganho de 4,37%, 39.993,46 pontos, na máxima do dia. Na mínima, atingiu 38.324 pontos (+0,01%). No mês, acumula ganhos de 9,29%, mas, no ano, tem perdas de 37,40%. O giro financeiro foi mais fraco hoje ao totalizar R$ 3,421 bilhões. Os dados são preliminares.   Com um ligeiro atraso, pouco habitual em seus anúncios, o Federal Reserve superou as estimativas de um corte de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros. A taxa estava em 1% e o Federal Reserve adotará um intervalo de juro entre 0% e 0,25%, a mais baixa desde que o Fed começou a publicar a meta em 1990.. Isso significa que, em números, o Fed anunciou uma redução de até um ponto porcentual, o que significa que a taxa básica de juros pode ser zero. A taxa de redesconto foi cortada de 1,25% para 0,5%.   O BC norte-americano também sinalizou que vai manter as taxas "excepcionalmente baixas" por algum tempo em meio ao rápido desaparecimento das pressões de preços. "O Federal Reserve vai empregar todas as ferramentas disponíveis para promover a retomada do crescimento econômico sustentável e para preservar a estabilidade dos preços. Em particular, o Comitê prevê que as condições econômicas fracas provavelmente justificarão níveis excepcionalmente baixos para a taxa dos Federal Funds por algum tempo", diz o comunicado.   Pouco antes, o texto ainda justificava que as "condições do mercado de mão-de-obra se deterioraram e os dados disponíveis indicam que os gastos do consumidor, os investimentos das empresas e a produção industrial declinaram. (...) De uma maneira geral, a perspectiva para a atividade econômica enfraqueceu ainda mais".   Com as mudanças, as bolsas passaram a ampliar os ganhos. Às 18h19, o Dow Jones subia 4,01%, o S&P, 4,60%, e o Nasdaq, 4,70%.   A expectativa com o Fed já guiou os negócios nas bolsas ao redor do mundo durante toda a sessão, sendo que, na Bovespa, o vencimento de índice futuro (operação de mercado futuro) amanhã também esteve presente, principalmente no comportamento das blue chips Vale e Petrobras.   Petróleo e Petrobras    O petróleo em alta pela manhã também ajudou a Petrobras, mas, à tarde, a cotação virou para baixo e fechou no vermelho. Na bolsa eletrônica de Nova York, o preço do petróleo caiu para US$ 43,60. Amanhã, a Opep decide sobre um corte na produção. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras resistiram ao petróleo e subiram 3,96% e as preferenciais (PN, sem direito a voto) subiram 3,93%. Vale avançou mais: 5,32% a ON e 4,89% a PNA.   Em tempo: hoje a Bolsa divulgou a segunda prévia da carteira teórica do Ibovespa que vai vigorar no primeiro trimestre de 2009. As ações da Petrobras aumentaram sua participação e, agora, a PN tem 16,710% e a ON, 3,055%. Vale PNA tem peso de 11,950% e a ON, 3,245%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.