Publicidade

Decisão sobre juros quer mostrar que não há influência política

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), classificou de "conservadora" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou hoje a Selic, a taxa básica de juros da economia, de 16,25% para 16,75% ao ano. A expectativa dos analistas era de um aumento de 0,25 ponto porcentual. "Acredito que, com isso, o Copom quis reforçar a confiança do mercado, mostrando que não houve ingerência política na decisão", disse o senador tucano, referindo-se às versões que o presidente Lula e outras autoridades deixaram transparecer que preferiam que não houvesse um aumento na taxa de juros. O que ocorreu, segundo Arthur Virgílio, foi que os integrantes do Copom tomaram "uma atitude exagerada, e isso vai gerar um clima de pessimismo no médio prazo". PT concorda O líder do governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP), concorda que a decisão do Copom foi conservadora. Segundo ele, o Comitê teve "uma posição de precaução, com certo exagero". Luzinho afirmou, mesmo havendo problemas no mercado internacional, que os índices econômicos no Brasil, particularmente a inflação, têm retomado seu curso normal. No entanto, disse, a medida "de precaução" do Copom "não inibe o crescimento nem o desenvolvimento econômico". Segundo o líder do governo, "não há mal maior" em função da decisão de hoje do Copom. O senador do PSDB reforça que a elevação dos juros para 16,75% ao ano não influirá na taxa de crescimento deste ano, mas vai influir na de 2004.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.