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Declarações de Greenspan derrubam valor de títulos do Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

O depoimento do presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, no Comitê Bancário do Senado americano, sinalizando que a deflação não é mais um risco e que, portanto, os juros no país podem subir mexeu com o mercado de títulos da dívida brasileira. Entre os títulos brasileiros mais negociados, o C-Bond encerrou em queda de 1,72%, cotado a 92,75 centavos de dólar, após oscilar entre mínima de 92,625 e máxima na abertura de 94 cents. O Global 40 finalizou na mínima, em baixa de 2,53%, a 96,25 centavos de dólar. A cotação máxima, também perto da abertura, foi de 98,10 centavos de dólar. Por volta das 17h30, o risco Brasil ? taxa que mede a confiança do investidor estrangeiro na capacidade de pagamento da dívida do país - subia 11 pontos, para 615 pontos base. Quanto maior esta taxa, maior o risco na visão dos investidores. Declarações sinalizam alta de juros Greenspan sinalizou em seu discurso que os bancos nos Estados Unidos estão preparados para uma elevação do juro; demonstrou otimismo com a perspectiva da economia e emprego; e também afirmou que a deflação "não é mais uma questão diante de nós". Alguns analistas interpretaram o discurso como uma possível resposta do Fed à recomendação que o FMI deve fazer à instituição para que prepare os mercados para um aumento da taxa de juros. Ele poderia estar de certa forma confirmando as expectativas do mercado de um aumento do juro, ainda que não tenha dito quando, comentou um especialista. O momento dessa mudança não deve ser em maio, avaliou um analista, porque o Fed tende esperar novos dados sobre produção industrial, inflação e mercado de trabalho nos Estados Unidos para consolidar sua decisão. Há também uma ala do mercado que não conta com um aperto da política monetária neste ano por causa das eleições presidenciais norte-americana.

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