PUBLICIDADE

Publicidade

Defasagem de preço da gasolina com exterior chega a 59%

Por Nicola Pamplona
Atualização:

Especialistas calculam que o preço da gasolina no Brasil esteja até 59% acima das cotações internacionais. No caso do diesel, a diferença pode chegar a 40%, dependendo do cálculo. Ninguém acredita, no entanto, que a Petrobras vá promover ajustes agora, uma vez que a empresa ainda não recuperou as perdas por não ter subido os preços em tempos de petróleo caro. Além disso, a companhia precisa gerar caixa para sustentar seu plano de investimentos, considerado pelo governo um dos principais remédios contra a crise financeira. A conta a respeito da diferença de preços varia entre os analistas. Para Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a gasolina está hoje 50% mais cara do que a cotação americana, usada como referência pela estatal. Já o diesel está 30% mais caro. Nelson Rodrigues de Mattos, do Banco do Brasil Investimentos (BBI), calcula a diferença em 59% para a gasolina e 40% para o diesel. ?O Brasil é o único país que, em meio à crise, não baixou juros nem preço da gasolina?, comenta Pires. A diferença é fruto da desvalorização do petróleo nos últimos meses. Quando a Petrobras promoveu o último aumento de preços, em maio do ano passado, a cotação estava por volta de US$ 115 por barril. Ontem, fechou na casa dos US$ 35. A empresa alega que não repassou ao consumidor a alta do segundo trimestre de 2008, quando o barril negociado em Nova York atingiu o preço recorde de US$ 147 por barril. Além disso, diz, manteve os mesmos preços da gasolina e do diesel entre setembro de 2005 e maio de 2008. ?Neste mesmo período, o preço do petróleo passou de US$ 65 por barril para US$ 115/barril e a Petrobras suportou esta defasagem, para não impactar o consumidor brasileiro. O último reajuste foi de 10% para a gasolina e 12% para o diesel, enquanto o preço do petróleo quase dobrou?, afirmou a companhia, em nota enviada à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.