PUBLICIDADE

Defendida por Petrobras, Bovespa sobe na contramão de NY

Por ALUÍSIO ALVES
Atualização:

O efeito do avanço do petróleo sobre as ações da Petrobras blindou a Bolsa de Valores de São Paulo da influência negativa de Wall Street na penúltima sessão do ano. Também sustentado por ganhos das ações de siderúrgicas, o Ibovespa subiu 0,53 por cento, aos 37.060 pontos, nesta segunda-feira. Com as corretoras funcionando em esquema de plantão devido às festividades de Ano Novo, o giro financeiro foi de apenas 1,95 bilhão de reais. A reboque da alta do barril de petróleo, em meio a temores de que a escalada da violência na Faixa de Gaza prejudique a produção da commodity no Oriente Médio, Petrobras subiu 2,36 por cento, a 22,52 reais. "Petrobras acabou segurando o índice", comentou Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da corretora Planner. De acordo com profissionais do mercado, outros dois fatores podem ter contribuído para o avanço das ações da companhia. Um é o ajuste das carteiras de ações referenciadas no Ibovespa --na nova carteira que entra em vigor em janeiro, Petrobras deve ganhar participação. O outro é o fato de a companhia ter pago dividendos a acionistas nesta segunda-feira. Outros papéis que deverão crescer na carteira que valerá nos primeiros quatro meses de 2009 também se destacaram. BM&F Bovespa subiu 5,1 por cento, para 6,15 reais. Companhia Siderúrgica Nacional avançou 1,46 por cento, cotada a 28,50 reais. Com o avanço de ações com forte peso no índice, o mercado doméstico resistiu à influência negativa de Wall Street, que afundava em meio a continuados temores sobre a recessão nos Estados Unidos e com o revés numa joint venture bilionária da gigante Dow Chemical no Kuweit. Papéis de empresas que devem perder espaço no Ibovespa tiveram um dia difícil. Vale recuou 0,4 por cento, a 23,80 reais. Ações de empresas cujos custos são sensíveis à variação do petróleo também foram castigadas. Entre as companhias aéreas, Tam perdeu 4,3 por cento, para 18,24 reais. A petroquiímica Braskem recuou 1,64 por cento, avaliada em 5,41 reais.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.