
01 Dezembro 2014 | 15h59
O resultado veio um pouco melhor que o esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de déficit de 2,7 bilhões de dólares.
Em outubro, a balança comercial havia registrado déficit de 1,177 bilhão de dólares.
No mês passado, conforme dados apresentados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações somaram 15,646 bilhões de dólares, com queda de 25 por cento pela média diária das operações em relação a novembro de 2013.
Pesou nesse resultado a retração nas vendas das três categorias de produtos: básicos, manufaturados e semimanufaturados. Entre itens básicos de mais relevância, caíram as exportações de minério de ferro (-47,5 por cento), petróleo em bruto (-12,6 por cento), farelo de soja (-34,3 por cento) e soja em grão (-76,6 por cento). Entre os manufaturados, destacam-se as retrações em veículos de carga (-46,8 por cento) e automóveis de passageiros (-39,8 por cento). Entre os semimanufaturados, alguns dos maiores recuos foram de ferro fundido (-41 por cento) e açúcar em bruto (-11,9 por cento).
No ano, as exportações estão em 207,611 bilhões de dólares, 5,7 por cento menores em relação a igual período do ano anterior pela média diária das operações.
Já as importações ficaram em 17,996 bilhões de dólares, com retração de 5,9 por cento pela média diária em relação a novembro de 2013, num desempenho influenciado por queda nas compras ao exterior de bens de consumo, matéria-primas e bens de capital.
No acumulado de janeiro a novembro, as importações estão em 211,832 bilhões de dólares, 3,9 por cento abaixo do verificado em igual período do ano anterior.
No ano, a balança comercial registra déficit de 4,221 bilhões de dólares.
A balança se aproxima do fim de 2014 com resultado ruim, afetada pela queda de preço de importantes commodities da pauta brasileira de exportações, a exemplo do minério de ferro, pelo enfraquecimento do comércio bilateral com a Argentina, principal comprador de produtos manufaturados brasileiros, e pelo ainda elevado déficit na conta de petróleo.
Com esse desempenho, a balança se tornou um dos principais fatores de deterioração das contas externas do país, que de janeiro a outubro mostrou déficit em transações correntes de 70,697 bilhões de dólares.
(Por Luciana Otoni)
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