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Déficit comercial dos EUA cai em maio a US$ 59,79 bi

Por CYNTHIA DECLOEDT E NATHÁLIA FERREIRA
Atualização:

O déficit comercial norte-americano caiu inesperadamente em maio, apesar da forte apreciação dos preços do petróleo no período, já que os recursos de petróleo adquiridos do exterior recuaram e as exportações em geral cresceram. Segundo do Departamento do Comércio dos Estados Unidos, o déficit norte-americano recuou 1,2% em maio, para US$ 59,79 bilhões em comparação a abril, quando o déficit foi de US$ 60,90 bilhões - dado revisado. O déficit de maio foi inferior à previsão dos economistas, de US$ 62,7 bilhões. As exportações norte-americanas cresceram 0,9% em maio, para US$ 157,55 bilhões, enquanto as importações subiram 0,3%, para US$ 217,34 bilhões. As importações de petróleo somaram US$ 31,25 bilhões, acima dos US$ 29,34 bilhões em abril. O preço médio do barril de petróleo teve alta recorde de US$ 9,47 para US$ 106,28 o barril em maio, de US$ 96,81 o barril em abril. O volume de petróleo importado caiu para 294 milhões de barris em maio, de 303,05 milhões de barris em abril. Os EUA pagaram US$ 40,36 bilhões por todos os tipos de energia importada, acima de US$ 38,19 bilhões em abril. Países O maior déficit comercial dos EUA em maio foi com a China, que se ampliou para US$ 21,05 bilhões, de US$ 20,24 bilhões em abril. Já o déficit comercial dos EUA com o Japão recuou para US$ 5,05 bilhões, de US$ 7,56 bilhões em abril. Com a zona do euro (15 países europeus que compartilham a moeda), o déficit comercial caiu para US$ 6,50 bilhões em maio, de US$ 7,47 bilhões em abril. O déficit comercial com o Canadá recuou para US$ 5,44 bilhões em maio, de US$ 7,38 bilhões em abril. O déficit comercial com o México cedeu para US$ 6,58 bilhões, de US$ 6,82 bilhões em abril. Preços de importações Os preços de importações nos EUA subiram 2,6% em junho ante maio e saltaram 20,5% na comparação com junho de 2007, o maior aumento em base anual desde que os dados foram publicados pela primeira vez, em setembro de 1982, informou hoje o Departamento de Trabalho norte-americano. Economistas esperavam alta de 2% sobre maio. Já os preços de exportação subiram 1% em junho ante maio e avançaram 8,6% sobre junho de 2007, o maior aumento em duas décadas. Os preços de importação de petróleo aumentaram 7,4% em junho ante maio e saltaram 78,6% ante junho do ano passado. Excluindo petróleo, os preços de importação tiveram alta de 0,9% no mês e de 7,3% no ano. Mesmo excluindo todos os combustíveis, os preços de importação subiram 0,8% em comparação mensal e 6,6% na relação anual, a maior alta já registrada. Os preços de importação de alimentos nos EUA subiram 1,9% em junho ante maio e avançaram quase 16% na comparação anual, uma alta recorde, segundo o Departamento de Trabalho norte-americano. Os preços de importação de materiais e suprimentos industriais, sem ser petróleo, subiram 3,4% no mês passado. Produtos Os preços de produtos importados da União Européia (UE) pelos EUA subiram 0,6% em junho ante maio e saltaram quase 10% em comparação a junho de 2007, o maior aumento já registrado, informou o Departamento de Trabalho norte-americano. Os preços de produtos da China subiram 0,6% no mês passado, em relação a maio, e avançaram 4,8% na comparação anual, um novo recorde. Os preços dos produtos vindos do Japão tiveram alta mais modesta, de 0,2% em junho ante maio. As informações são da Dow Jones.

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