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Déficit comercial dos EUA diminui e confiança melhora

Por BURTON FRIERSON E DOUG PALMER
Atualização:

O humor dos consumidores norte-americanos mostrou-se menos sombrio em março, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira, enquanto o déficit comercial do país diminuiu em janeiro para o menor nível em mais de seis anos. Apesar da melhora, os dados não refletem uma situação econômica robusta. O menor déficit comercial se deu porque as importações caíram, diante da demanda doméstica fraca. Da mesma forma, a confiança do consumidor continua anêmica no geral e perto da mínima histórica. O índice de confiança do consumidor da Reuters/Universidade de Michigan subiu para 56,6 na leitura preliminar de março, ante 56,3 em fevereiro. Economistas esperavam queda para 55,0. A melhora se deu com um aumento da confiança na política econômica do governo, embora muitos consumidores estejam céticos de que Washington possa melhorar as condições financeiras. A pesquisa de consumidores mostrou que os que acreditam que o governo de Barack Obama está fazendo um bom trabalho subiu para 23 por cento, ante 14 por cento em fevereiro e apenas 7 por cento em janeiro. Os sinais inflacionários foram mistos. As expectativas de inflação para um ano subiram a 2,2 por cento em março, frente a 1,9 por cento em fevereiro, enquanto as de cinco anos caíram para 2,8 por cento, ante 3,1 por cento antes. O déficit comercial caiu 9,7 por cento, para 36 bilhões de dólares, ante expectativa de Wall Street de 38 bilhões de dólares. Foi o sexto recuo consecutivo. "A queda reflete o declínio da economia. Os consumidores norte-americanos estão se retraindo e isso está gerando menos importações, enquanto as exportações estão caindo", disse Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Economy.com. "Isso reflete o quão ruim está a economia." As exportações de bens e serviços recuaram 5,7 por cento em relação a dezembro e as importações caíram 6,7 por cento. Outro relatório mostrou que os preços de importados cederam menos que o esperado em fevereiro, em 0,2 por cento, à medida que os custos do petróleo subiram pela primeira vez desde julho.

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