PUBLICIDADE

Publicidade

Déficit comercial dos EUA sobe a US$ 60 bilhões em maio

Dólar e petróleo levam exportações e importações, respectivamente, a recordes

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou como o esperado em maio, com crescimento mais forte no exterior e dólar fraco impulsionando as exportações para nível recorde, enquanto o preço do petróleo levou as importações ao maior patamar da história, mostrou um relatório do governo nesta quinta-feira, 13. O déficit comercial totalizou US$ 60 bilhões, em linha com a mediana das estimativas de analistas de Wall Street. O resultado ficou 2,3% maior do que o déficit revisado de US$ 58,7 bilhões de abril, informou o Departamento de Comércio. As exportações de bens e serviço subiram 2,2%, para US$ 132 bilhões, impulsionadas por um aumento de 1,9 bilhão em embarques de aeronaves civis e outros bens de capital, além de vendas recordes de bens de consumo e insumos industriais e materiais. As crescentes exportações estão ajudando a estreitar o déficit comercial em bases anualizadas e dando um impulso ao Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. "Este não é um bom mês, mas também não é o pior mês do ano. Ainda estamos na esteira de uma melhora do déficit comercial neste ano", disse Kurt Karl, economista-chefe da Swiss Re, em Nova York. "É bom para o PIB por causa de um aumento nas exportações reais depois de ajustes para a inflação. Muito disso é motivado pela alta nos preços do petróleo. Isso vai acrescentar 0,2 ponto porcentual ao PIB do segundo trimestre", acrescentou. O déficit comercial, que atingiu um valor recorde de US$ 758,5 bilhões em 2006, totalizou US$ 295,5 bilhões nos primeiros cinco meses de 2007, valor abaixo dos US$ 317,8 bilhões no mesmo período do ano anterior. As importações cresceram 2,3% em maio, para US$ 192,1 bilhões, enquanto as importações de petróleo saltaram para US$ 19 bilhões - o maior valor desde setembro - e as importações de bens de capital, como equipamentos de telecomunicações e computadores, atingiram uma cifra recorde. Os preços médios para as importações de petróleo cresceram mais de US$ 2 por barril, para US$ 59,36, o maior valor desde os US$ 62,40 em setembro. As importações dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cresceram quase 10%, para uma cifra recorde de US$ 14,6 bilhões.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.