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Deflação em julho foi maior para quem ganha menos, aponta Dieese

Por Agencia Estado
Atualização:

A deflação apurada em julho pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese) foi maior para os consumidores com menor renda. Para este grupo de pessoas, que têm rendimento médio mensal de R$ 377,49, a retração ficou em 0,45% ante 0,17% do índice médio cheio. Para os consumidores com renda intermediária (R$ 934,17), a taxa ficou negativa em 0,36% e os pertencentes à classe mais rica (R$ 2.792,90) sentiram um alívio de preços médio de apenas -0,03%. Os alimentos e a energia elétrica (que apresentaram deflação no mês passado, de 0,68% e 9,42%, respectivamente) foram os grandes responsáveis pela deflação. "Dessa forma, as famílias com menor renda foram as mais beneficiadas, pois o peso destes serviços é bastante significativo na composição de suas despesas", avaliou a coordenadora do ICV-Dieese, Cornélia Nogueira Porto. Taxas acumuladas No ano, o ICV acumula 2,62% no geral. O resultado é semelhante quando dividido por classes: para as famílias mais pobres, a inflação acumula até julho uma alta de 2,45%; para as intermediárias, de 2,33%, e para as mais abonadas, de 2,80%. "Já as taxas relativas aos últimos 12 meses são bastante distintas e apresentam um comportamento crescente de acordo com a renda familiar", ponderou Cornélia. Segundo ela, essas taxas estão em 4,55% para o estrato com menos recursos; de 5,07% para o intermediário e de 6,12% entre os mais ricos.

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