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Demanda de empresas puxou serviços em janeiro, diz IBGE

Por Idiana Tomazelli
Atualização:

Apesar de os serviços de transportes terem dado a maior contribuição absoluta (3,2 pontos porcentuais) para a alta de 9,3% na receita nominal de serviços em janeiro ante janeiro de 2013, as atividades ligadas à demanda empresarial foram as principais responsáveis pela aceleração da taxa, que havia mostrado alta de 8,3% em dezembro de 2013 ante igual mês de 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Nós tivemos uma recuperação em relação a dezembro, influenciada por crescimento mais expressivo em serviços de informação e comunicação e serviços profissionais, administrativos e complementares", disse o técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha. Segundo ele, esse crescimento está em sintonia com as outras atividades, como produção industrial e comércio, que também avançaram em janeiro. A receita nominal dos serviços de informação e comunicação teve alta de 8,8% em janeiro de 2014 em relação a igual mês do ano anterior. Em dezembro de 2013, o crescimento havia sido de 6,6%, na mesma comparação. Já a receita nominal dos serviços profissionais, administrativos e complementares subiu 9% em janeiro de 2014 em relação a igual mês do ano anterior. No último mês de 2013, a taxa havia ficado em 6,8% na mesma base. "Esses segmentos têm um peso muito grande. Então, qualquer crescimento maior vai influenciar no índice geral", avaliou Saldanha. O técnico acrescentou que os setores ajudaram ainda o desempenho dos serviços no Distrito Federal, onde a receita nominal cresceu 19,1% ante janeiro de 2013. "O Distrito Federal se destaca como um grande demandante de serviços como um todo. E lá, o maior demandante é o setor público", disse.Os serviços prestados às famílias registraram alta de 12,1% na receita nominal em janeiro, contra avanço de 9,6% em dezembro de 2013 (sempre em relação a igual mês do ano anterior). "Eles até podem ter um crescimento mais expressivo, mas, como seu peso relativo é pequeno, o impacto é menor", justificou o técnico. O setor de transportes, que deu a maior a contribuição, desacelerou de 11,4% em dezembro de 2013 para 10% em janeiro deste ano (ambos em relação a igual mês do ano anterior). "O setor não teve um crescimento satisfatório. O transporte de cargas não teve bom desempenho e isso ocorreu nas modalidades como um todo: rodoviário, ferroviário e dutoviário. A receita cresceu menos do que em outros meses", explicou Saldanha, acrescentando que o fato de ser o primeiro mês do ano pode ter influenciado para uma demanda menor. "O movimento nos depósitos ainda está aquecendo", disse.

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