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Demanda por ação da BM&F supera oferta e mercado vê preço maior

Período de reserva de ações começou na segunda-feira e termina no dia 27

Por Reuters
Atualização:

Em corretoras que participam da operação de abertura de capital da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), ressoa a frase: quem comprou ações da Bovespa Holding está reservando papéis da BM&F. E quem não participou daquela oferta não quer perder mais uma. Veja também: Ações da BM&F estréiam na Bovespa no fim de novembro  A Reuters apurou que a procura já supera amplamente a oferta, com metade do período de reserva ainda por ocorrer. Por isso, uma fonte a par da situação dá como certa a elevação do preço por ação, estimado inicialmente pelos bancos coordenadores em até R$ 16,50. O período de reserva de ações da quarta maior bolsa de mercadorias e futuros do mundo começou na segunda-feira e termina no dia 27. Apesar do otimismo, analistas consideram difícil uma valorização como a vista na estréia das ações da Bovespa Holding - superior a 50% no primeiro pregão. "Provavelmente a alta na estréia não vai ser tão acentuada como ocorreu com a Bovespa Holding, acima de 50%, mas pelo menos 20% é quase certo", opinou um operador sob condição de anonimato. Momento diferente  O intervalo para a reserva coincide com um momento de volatilidade (oscilação) nos mercados financeiros, com temores sobre a crise global de crédito originada por problemas no setor imobiliário dos Estados Unidos e sobre a alta do petróleo para perto de US$ 100. O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, acumula queda de 7,25% em novembro até o dia 21. De acordo com o prospecto da oferta da BM&F, os acionistas pretendem vender 260.160.736 ações ordinárias. Há ainda lotes adicionais. A BM&F teve lucro de R$ 222 milhões de janeiro a setembro, resultado 55% a mais que no mesmo intervalo do ano passado. Em setembro, a empresa de private equity General Atlantic fez acordo para comprar 10% do capital da BM&F, pelo preço de até R$ 1 bilhão. No mês passado, a BM&F assinou acordo para vender outros 10% de seu capital para o CME Group, controlador da maior bolsa de derivativos do mundo, por R$ 1,3 bilhão.

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