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Demanda por crédito aumenta 5,1% em novembro, aponta SCPC

Na avaliação comparativa de novembro deste ano com o mesmo mês do ano passado, a instituição reportou aumento de 3,9% na demanda por crédito

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast) e Maria Regina Silva
Atualização:

Com a melhora da percepção da atividade econômica, o consumidor se animou e demandou mais crédito das instituições financeiras em novembro, elevando em 5,1% o Indicador de Demanda de por Crédito em relação a outubro, descontados os efeitos sazonais, apurado pela Boa Vista SCPC. Na avaliação comparativa de novembro deste ano com o mesmo mês do ano passado, a instituição reportou aumento de 3,9% na demanda por crédito. Já no acumulado de 12 meses até novembro houve retração de 1,4%.

A redução das alíquotas de recolhimentos de compulsórios sobre recursos à vista e a prazo deve deixar o crédito mais fluído, diz economista Foto: Thiago Teixeira/Estadão

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"Considerando os segmentos que compõem o indicador, na avaliação em 12 meses ainda é possível observar nas instituições financeiras uma retração de 4,6%, enquanto para o segmento não-financeiro foi registrado aumento de 1%", afirmam os técnicos da Boa Vista SCPC.

Destravar. A redução das alíquotas de recolhimentos de compulsórios sobre recursos à vista e a prazo deve deixar o crédito mais fluído, de forma a ajudar tirar a trava que limita a retomada. A avaliação é do economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal. "Trata-se de mais uma medida da Agenda BC+ e a expectativa é que diminua o spread, o que pode ajudar a estimular mais o consumo que deve ser o grande drive do crescimento em 2018", diz. Na avaliação do economista, a medida deve fazer com que o efeito da queda da taxa Selic seja transferido de forma "mais célere" para o consumidor final. "Aproveitou esse momento para fazer a mudança. Deu um passo adiante", afirma.

De acordo com Souza Leal, a medida está mais relacionada com a Agenda BC+ que é a tentativa de destravar o crédito do que ter algum efeito substitutivo para a política monetária. "Não deve alterar a visão do Banco Central quanto ao juro básico", diz. No cenário do economista, a taxa Selic deve passar de 7,00% para 6,75% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em fevereiro, devendo permanecer neste nível até o fim de 2018. Já para o Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem, espera aumento de 2,5%, com viés de alta. "Uma projeção de crescimento de 3,00% seria realista. Agora, crescer mais do que 3,00% acredito ser difícil, dado o cenário político incerto e o externo que não deve ajudar tanto."