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Demanda por crédito cai entre consumidores e empresas

Serasa divulga dados pela 1ª vez e aponta queda de 10% na procura por recursos entre pessoas físicas e jurídicas

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

A demanda por crédito no País caiu em fevereiro, tanto entre as pessoas físicas quanto entre as pessoas jurídicas, aponta pesquisa divulgada nesta terça-feira, 17, pela Serasa. No caso dos consumidores, o indicador caiu 10,5% na comparação com janeiro e 4,2% ante fevereiro de 2008.

 

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Entre as empresas, a procura por recursos teve redução de 10,8% na comparação com o mês anterior e 4,4% frente ao mesmo mês do ano passado. Essa é a primeira vez que a Serasa Experian divulga esses indicadores, que começaram a ser acompanhados desde janeiro de 2008.

 

A demanda por crédito de pessoas físicas começou a cair em maio de 2008 e atingiu no mês passado o menor nível da série histórica. Para pessoas jurídicas, o recuo começou a ser verificado em outubro, chegou ao menor nível em dezembro, teve recuperação em janeiro, mas voltou a cair em fevereiro.

 

Na avaliação do presidente da Serasa Experian na América Latina, Francisco Valim, a retração é um alerta, uma vez que o crédito é uma das alavancas do crescimento econômico. Embora a Serasa não tenha medido a oferta de crédito, Valim destacou que claramente existe um problema de queda de demanda, agravado pelo aumento da inadimplência. Ele ressaltou também que certamente a redução de demanda vai ter impacto nos dados que medem o volume do crédito concedido, apurado pelo Banco Central.

 

Em relação à pessoa física, a maior redução na procura por crédito foi verificada na região Sudeste, de 12,4% em relação a janeiro. A retração foi registrada em todas as classes de renda, com destaque para as pessoas que ganham até R$ 500 (12,2% ante janeiro). Em contrapartida, o menor recuo ocorreu entre pessoas com rendimento superior a R$ 10 mil, queda de 7,9% ante janeiro.

 

Entre as pessoas jurídicas, a redução de demanda por crédito também ocorreu em todas as regiões, mas a maior queda foi verificada no Norte, 15,3% em relação a janeiro. As micro e pequenas empresas foram as que mais se afastaram do crédito, com redução de 11,4% ante janeiro e para as grandes a queda foi de 0,4% ante janeiro.

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