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Demora na extradição de Cacciola é natural, diz Tarso

Para ministro da Justiça, fato de Mônaco estar cumprindo prazos é sinal de seriedade favorável ao Brasil

Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta segunda-feira, 8, que é natural que o processo de extradição do banqueiro Salvatore Cacciola, preso em Mônaco no mês passado, seja longo e marcado por várias tentativas de relaxamento da prisão por parte dos advogados de defesa.   Para o ministro, o fato de o principado estar cumprindo todos os prazos que envolvem o processo é um sinal de seriedade favorável ao resultado esperado pelo Brasil. O ministro lembrou que a decisão final sobre a extradição caberá ao Príncipe Alberto II, justificando medidas como a oferta do Brasil de reciprocidade e sua viagem ao principado.   "O momento que mais nos interessa é o da resposta que será dada pelo principado de Mônaco. Diferentemente do que se pensava aqui no Brasil, com algumas notícias apressadas que saíram, a decisão lá não é do Poder Judiciário, mas do Poder Executivo. Por isso essa relação de Estado a Estado, inclusive a proposta de reciprocidade, é muito importante para a decisão que o príncipe vai tomar", disse Tarso, após a inauguração de um juizado especial no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na zona norte do Rio.   No último dia 22, o ministro esteve em Mônaco, onde se encontrou com o diretor-geral de Serviços Judiciários do principado, Philipe Narmino, e a procuradora Annie Brunet-Fuster. Na semana passada, o governo brasileiro entregou à embaixada de Mônaco em Paris a documentação que foi exigida pelas autoridades do principado, inclusive a tradução da sentença de 553 páginas para o francês. A partir daí, o processo entrou numa nova fase, na Corte de Apelação. A decisão dessa instância terá de ser confirmada pelo príncipe. A previsão do Ministério da Justiça é ter uma resposta definitiva até o fim de novembro.

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