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Denúncia de Denise Abreu tem ressentimento, diz Múcio

Ministro diz esperar que ex-diretora da Anac separe mágoas dos fatos ao depor na Senado, na semana que vem

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Por Vera Rosa
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O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse haver "alta dosagem de ressentimento" nas denúncias feitas pela ex-diretora da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) Denise Abreu ao Estado, que afirmou ter sido pressionada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para beneficiar a VarigLog na compra da Varig. Veja também: Comissão aprova convocação de Denise, Zuannazzi e Teixeira Ex-diretores confirmam pressão sobre a Anac Agência considera ilegal controle de estrangeiros Dilma chama de 'falsas' as denúncias sobre a compra da Varig Documentos provam acusações sobre Varig, diz Denise Abreu Leia a entrevista de Denise Abreu sobre o caso Em entrevista no Palácio do Planalto, após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Múcio foi taxativo: afirmou esperar que a ex-diretora separe as mágoas dos fatos ao depor na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, na próxima semana. "Quem tem interesse em esclarecer esses fatos é o governo. É bom que tudo venha à tona. Vamos torcer para que a carga emocional e a alta dosagem de ressentimento não atrapalhem o esclarecimento das questões", disse Múcio. Apesar das declarações do ministro, o governo está preocupado com o potencial explosivo das denúncias feitas por Denise Abreu, que citou inclusive o advogado Roberto Teixeira - amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - como um dos beneficiados no negócio envolvendo a Varig. A ordem no Palácio do Planalto é, mais uma vez, proteger Dilma, que recentemente foi alvo de outra denúncia: a de ter preparado um dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com cartão corporativo.

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