No dia seguinte à divulgação da ata da última reunião do banco central norte-americano (Fed) e à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), os mercados financeiros, aqui e no exterior, exibiram considerável melhora. No Brasil, o dólar comercial fechou o dia em queda de 3,01%, cotado a R$ 2,2530 na ponta de venda das operações. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou na máxima do dia, em 37.748 pontos, em alta de 3,34%. O risco Brasil - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro na capacidade de pagamento da dívida do País -, no fim da tarde, atingia a mínima do dia, em queda de 10 pontos para 262 pontos base. Dados divulgados hoje nos EUA - entre eles o índice nacional de atividade, o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada e da produtividade de mão-de-obra - aliviaram preocupações com a inflação norte-americana. O fato é que, se a inflação nos Estados Unidos sobe, o Fed pode decidir por uma nova alta de juros. Este cenário prejudica a economia de todos os países e provoca insegurança entre os investidores, que tendem a deixar mercados com maior risco (emergentes) em busca de mercado mais seguros. No Brasil, a decisão do Copom de ontem de cortar a Selic em 0,50 ponto porcentual, ratificando a aposta praticamente consensual, proporcionou melhora adicional ao mercado doméstico. Resta agora esperar a ata da reunião, que será divulgada na próxima quinta-feira, dia 8, para buscar sinalizações de política monetária. O mercado norte-americano de ações também fechou em alta. O índice Dow Jones - que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - subiu 0,82%, em 11.260,28 pontos. O Nasdaq - que mede o desempenho das ações do setor de tecnologia e Internet - fechou em alta de 1,88%. As atenções, nesta sexta-feira, estarão voltadas para a divulgação, nos EUA, do payroll (criação de vagas verificada com base na folha de pagamentos) de maio. A continuação do bom humor desta quinta-feira vai depender, em boa parte, do resultado desse indicador norte-americano, pois ele vai sinalizar as condições da economia norte-americana.