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Depois de quatro recordes, Bolsa cai 1,66%

O recuo dos estoques de petróleo nos Estados Unidos ampliou a alta dos preços da commodities

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Depois de quatro fechamentos seguidos em queda, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda, depois de quatro fechamentos recordes sucessivos. O recuo dos estoques de petróleo nos Estados Unidos ampliou a alta dos preços da commodities, que registraram novos níveis inéditos, acima de US$ 133. Isso pesou sobre as ações em Nova York, cujas perdas foram amplificadas pelo teor negativo da ata da última reunião do Banco Central norte-americano (Federal Reserve). Do lado doméstico, as ações da Petrobras tiveram outro pregão exuberante e impediram um tombo maior do índice.   A Bovespa encerrou o pregão em baixa de 1,66%, aos 72.294,8 pontos. Oscilou entre a mínima de 72.150 pontos (-1,86%) à máxima de 73.780 pontos (+0,36), novo recorde de pontuação intraday (durante o dia). Com o resultado de hoje, os ganhos acumulados em maio caíram para 6,52% e os do ano a 13,16%. O volume financeiro totalizou R$ 7,559 bilhões (preliminar), dos quais R$ 1,807 bilhão foi movimentado apenas pelas ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras.   Até a ata do Fed, às 15 horas, as bolsas registravam perdas, mas contidas. Mas depois que o BC norte-americano sinalizou que o processo de afrouxamento monetário parece ter chegado ao fim, a queda foi ampliada. Os analistas até esperavam que isso pudesse acontecer, mas o que azedou os humores foi de que o ciclo de corte de juros deve parar não porque a economia se recuperou da crise, mas porque a inflação é motivo de preocupação.   E nessa linha o petróleo é um dos principais vilões. O preço do produto trabalhou o dia todo pressionada por causa dos estoques fracos divulgados hoje nos EUA. No fechamento, o contrato para julho subiu 3,25%, para o recorde de US$ 133,17, mas, no eletrônico, o preço foi além: US$ 133,72. Nos Estados Unidos, o Dow Jones fechou em baixa de 1,77%, aos 12.601,2 pontos. O Nasdaq também caiu 1,77%.   As ações da Petrobras, mais uma vez, foram beneficiadas da alta do petróleo e serviram para equilibrar as perdas do Ibovespa. Petrobras ON subiu 1,30% e Petrobras PN, 1,65%. Os papéis ainda avançaram na esteira do relatório do Credit Suisse elevando o preço alvo dos ADRs da empresa e das ações, divulgado ontem, e com a expectativa de um novo campo no Espírito Santo, perfurado em parceria com a Galp (as ações dessa empresa subiram 5% em Lisboa com a notícia).

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