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Depois de seis anos, sai novo acordo de Basiléia

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de seis anos de negociações, os maiores bancos centrais do mundo fecharam na Suíça, neste fim de semana, a nova versão do Acordo de Capitais da Basiléia, que irá regular a exposição do sistema bancário ao risco. O artífice do tratado e presidente do BC da Espanha, Jaime Caruana, aponta que, se aplicado no Brasil, o acordo reduzirá a vulnerabilidade do sistema financeiro. Para o presidente do BC brasileiro, Henrique Meirelles, o País está bem avançado na adaptação do acordo. "Não há mudanças substanciais a serem feitas. Vamos agora definir o detalhamento do acordo no Brasil", afirmou. O acordo, conhecido como Basiléia 2 (que atualiza outro fechado há 16 anos), traz novas exigências de capital para bancos cobrirem seus riscos, que deverão levar 2 anos para serem adotadas por instituições financeiras privadas. Os BCs também terão de se preparar para monitorar as exigências, o que exigirá recursos públicos no aumento da regulação. Fica mantida a exigência de que os bancos reservem pelo menos 8% do capital para cobrir riscos e são estabelecidas novas obrigações, como maior transparência nos cálculos, maior sensibilidade ao risco e punição àqueles que tomarem atitudes de risco. Para especialistas, "trata-se de aplicar novas práticas de gerenciamento de risco com o objetivo de promover a capitalização adequada dos bancos". O Comitê da Basiléia, que negociou o acordo, inclui apenas os países ricos, mas o Brasil diz estar disposto a acatar as regulamentações e contribuiu com algumas idéias. Segundo Caruana, o melhor gerenciamento de risco no Brasil ainda significaria maior crescimento da economia, solidez dos bancos e capacidade de resistência a choques externos. O desafio será desenvolver uma "cultura de controle de risco".

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